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Introdução:
O dia 31 de agosto de 1995 ficou marcado na história do mundo dos games com um lançamento para lá de fundamental que mexeu com toda a história do estilo estratégia em tempo real para computador. Foi quando a então pouco conhecida Westwood trouxe ao mundo a série Command & Conquer (também chamado de Command and Conquer: Tiberian Dawn). Após quase 12 anos e 14 jogos lançados (incluindo as expansões), chegamos ao terceiro jogo à explorar o universo Tiberium, que deu origem à série, que chegou recentemente em solo brasileiro.
Command & Conquer 3: Tiberium Wars se passa 17 anos após os acontecimentos do último jogo do tema, Tiberian Sun, voltando com a guerra pelo Tiberium, que agora se expandiu em escala mundial, e somente 20% da área do planeta Terra ainda está intacta. As facções GDI e NOD travam batalhas intermináveis, mas eles estão prestes a descobrir que não estão sozinhos nessa guerra pela substância radioativa...
Jogabilidade:
A boa e velha dinâmica que já conhecemos da série C&C está de volta, com pouquíssimas modificações em relação ao jogo anterior. Porém, uma das novidades que se nota logo de cara é o fato de, ao criar unidades de infantaria, cria-se um grupo e não uma unidade única, como era anteriormente. Todos os veículos já consagrados da série estão de volta, como o Mammoth Tank e o Juggernaut, sem falar nas construções como Hand of Nod, entre outras. Porém uma bela adição ao jogo foi a nova fação - os Scrims - que são de uma raca alienígena que também está atrás do Tiberium, e a construção das suas unidades é feita através de portais, como se invocassem-as de outro plano (ou de seu planeta natal), muitas de suas unidades são orgânicas, e muito bem detalhadas.
Para quem esperou anciosamente desde 1999, Kane, o líder megalomaníaco do NOD, está de volta, e melhor ainda, uma linha de atores muitíssimo boa foram convocados para fazerem parte das cinemáticas do jogo, com destaque para Josh Holloway (o Sawyer da série Lost) e Billy Dee Williams (o Lando em Star Wars Episódio V: O Império Contra-Ataca). Os jogadores podem se assustar - e até se chatear num primeiro momento - com a volta surpresa de Kane, mas a história do jogo acabou ficando muito boa e bem construída, o que se mostrou que valeu a pena o seu reaparecimento, depois de uma provável morte no segundo jogo.
Se você não se importa muito com a história, o negócio é partir para o Skirmish direto. Mas tome cuidado, a AI está muito esperta dessa vez, com 4 níveis de dificuldade (fácil, médio, difícil e brutal) e com personalidades distintas e bem definidas, como rusher ou guerrilha. Cada personalidade altera o modo que o seu inimigo joga, por exemplo, se você escolhe a dificuldade como brutal e a personalidade como guerrilha, se prepare, construa suas defesas rápido, pois o inimigo atacará de todos os lados e você precisará de uma estratégia bem montada.
A parte de construção foi toda reformulada, de modo que você pode navegar pelos vários tipos de unidades (terrestres, infantaria, unidades aéreas, construções e defesas) bem mais rápido, e administrar com mais facilidade 2 unidades de construção, dando mais dinâmica e velocidade ao jogo, Infelizmente, um recurso que C&C 3 pecou foi no nível de zoom, que é bastante limitado, além dos mapas serem menores do que se esperava para aqueles que acompanhavam a série desde o começo.
Para este lançamento, a EA nos "presenteou" com um DVD Bonus (disponível somente na Kane Edition), com wallpapers exclusivos do jogo, Making Off, erros de cena, 5 mapas multiplayer inéditos e 3 novas skins para você utilizar (não muito bonitas, mas se quiser ativá-las é preciso seguir os seguintes passos do menu do jogo Settings->General->Game Options ->Activate Kane Edition Content), cenas deletadas, estratégias e várias dicas para você vencer em batalha de maneira decisiva. Para os fãs, vale o investimento, mas se você não ligar para esses detalhes deve ficar com a edição convencional mesmo e economizar cerca de R$ 40.
Áudio:
??timas músicas acompanham você durante o jogo todo, mesmo algumas parecendo ter sido reaproveitadas do C&C Generals. Os sons dos rifles variam bastante, parecendo poderosíssimos em alguns momentos e em outros aparentam tiros de arma de brinquedo (principalmene os do GDI), pecando um pouco neste quesito. Porém, há alguns ápices onde os sons dos tanques, dos tiros, do Ion Cannon (super-arma do GDI) e tudo mais do ambiente formam um efeito e sensação incríveis. Com um sistema de som 5.1 podemos sentir toda a força de um orca ou de um bombardeio na base do inimigo.
MultiPlayer:
Falar do multiplayer de C&C3 se torna bastante complicado, pelo "simples" fato de que, apenas para entrar nas salas online já representa um grande desafio... Infelizmente a EA pecou neste aspecto do jogo (embora esteja tentando solucionar com os freqüentes patches, mas ainda não obteve muito sucesso), principalmente pela dificuldade de se logar. Herdando o mesmo problema de outros jogos da empresa, você deve criar uma conta no sistema da EA (registrando o jogo), e caso você venha a perder a sua senha ou algo do tipo, não poderá mais jogar online, pois o sistema impossibilita qualquer o acesso futuro de qualquer outra conta com o mesmo cd-key. Outro problema são os constantes bugs e desconexões, como se já não bastasse o ping alto e os jogadores de outros países te kickando, mas desde o último patch antes de finalizarmos esta review (v.1.04) as coisas estão voltando para a normalidade.
O sistema do multiplayer é dividido por lobbys (mais de 40) e Ranks. Como exemplo, para cada número X de partidas vencidas, você aumenta um ponto no rank, outra inovação é que as partidas podem ser "transmitidas" ao vivo, ou com diferenças de tempo, depois você entra no site oficial do jogo e pode baixar o replay de sua partida ou ainda assistir outras partidas, algo bastante original para o estilo. Ponto para a EA!
Gráficos:
A engine teve a mesma origem de C&C Generals e LOTR: The Battle For Middle-Earth, porém os gráficos ganharam boas implementações e estão mais belos do que nunca! Se você aproximar o zoom, verá raios no campo de Tiberium, ondas de calor subindo das refinarias e o rastro de calor que as orcas (um tipo de helicóptero GDI) deixam quando passam.
Talvez a única falha da EA tenha sido no tratamento dos terrenos e das sombras: o solo está muito pobre, parece que foi utilizado textura de muitos anos atrás, e as sombras estão pior ainda, pois mesmo na qualidade Ultra-High você um "serrilhado" na sombra, no medium a sombra parece um grande borrão de tantos serrilhados, e isto ocorre desde o The Battle For Middle-Earth II, e nada da EA solucionar. Também encontramos algum problema que fechava o game depois de algumas partidas e voltava para o desktop e com a mensagem de alerta de "Operação Ilegal".
Mas tirando estes pequenos problemas, todos os outros aspectos estão maravilhosos, as texturas, principalmente a água, o Ion Canon (a onda de choque é sensacional), e o efeito da bomba nuclear NOD ocupa toda a sua tela. No auge dos efeitos mais avançados, o jogo chega a pesar um pouco, mas no geral está bem leve para os gráficos que oferece, sendo que uma placa de vídeo GeForce 7600 GT ou Radeon X1600 XT roda em 1152x864 com 2x de AA e tudo no máximo, podendo causar, no máximo, uma leve queda em cenas que tem muitas unidades, mas nada que o torne injogável.
Conclusão:
Command & Conquer 3: Tiberium Wars faz jus ao nome da série e não vai desapontar os fãs e adoradores do gênero RTS. Pode não ter sido o melhor C&C produzido, mas cumpre muito bem o seu trabalho, ganhando certamente uma menção de honra no hall dos melhores. Gráficos belos, jogabilidade otimizada, uma nova inéditas e novidades nas duas já conhecidas, bons mapas e ainda a edição especial com um DVD bônus... Uma pena que os problemas no multiplayer tenha manchado um pouco a imagem do game neste início, mas nada que não possa ser corrigido com futuras correções.
Se você procura um jogo de estratégia sólido, que te faça perder horas em frente ao PC, seja em uma campanha, num jogo rápido, ou se aventurando no multiplayer, Commander & Conquer 3 deve ser um título obrigatório em sua lista. Tá esperando o que?!
Prós x Contras
Prós
- IA inteligente e determinada;
- Gráficos belos e leves;
- Campanha e Skirmish podem diverti-lo por dias;
- Jogabilidade impecável;
- A volta de Kane!
Contras
Problemas de conexão e crashs no multiplayer;
- Engine traz o mesmo bug nas sombras dos games anteriores;
- DVD poderia trazer um pouco mais de material jogável extra, no lugar de wallpapers e outras inutilidades.
Notas:
- Gráficos: 19
- Som: 16
- Jogabilidade: 20
- Enredo: 17
- IA: 19
TOTAL: 91%
Review feita por:GamesBrasil:URLaHR0cDovL2dhbWVzYnJhc2lsLnVvbC5jb20uYnIvcmV2aWV3cy5waHA/bmljaz1jYzN0aWJlcml1bS0tOzstLWh0dHA6Ly9nYW1lc2JyYXNpbC51b2wuY29tLmJyL3Jldmlld3MucGhwP25pY2s9Y2MzdGliZXJpdW0=
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