God Of War, lançado em 2005, foi um dos games mais bem sucedidos da história dos games, ganhou uma legião de adoradores, foi consagrado pela crítica, cotado para virar filme e ajudou a prolongar a vida útil ainda existente do Playstation 2. Mas será que tudo isso foi justo?
God Of Plágio
Se existe algo que não condiz com GoW é originalidade. Fora o protagonista, Kratos, o jogo é um plágio óbvio de Devil May Cry e Prince of Persia. O sistema de combate tem o típico dinamismo veloz de DMC e alguns quebra cabeças ao estilo de Prince of Persia.
Aquilo ali é uma perna?
Um dos destaques da produção é a violência, logo nos primeiros minutos de jogo você vai poder decepar várias partes do corpo de seu inimigo e assistir litros e mais litros de sangue jorrando. Não é nada chocante como Manhunt, mas é muito divertido para os mais afetos à violência. ?? um prazer ver os braços e pernas dos rivais caindo ao chão depois de um golpe bem feito.
Além disso, o jogo contém muita nudez e insinuações de sexo, algo um tanto incomum em jogos para console. em uma das primeiras animações vemos o anti-herói sentado em uma cama e, ao seu lado, duas prostitutas nuas dormindo.
Repetitivo? Não
A maior qualidade de GoW é não ser repetitivo, ao longo da aventura os cenários variam muito, assim como os rivais, as mágias, os golpes e, conseqüentemente, o modo de jogar.
No meio dos combates existem algumas cenas de exploração e alguns quebra cabeças. Na primeira metade do jogo esses elementos são perfeitos e equilibrados, mas na metade do vira um empecilho, que comentarei mais adiante.
Gráficos
Muito bons, detalhados e um pouco estilizados, faz bom uso do hardware do PS2. A estilização é um pouco irregular, pois, apesar de deixar os gráficos mais suaves e bonitos, nas cenas violentas o choque é bem menor do que se esperava, especialmente pela cor muito clara do sangue durante as excelentes animações.
Jogabilidade
Não há muito para falar sobre esse quesito, no geral está tudo bem, os combates contam com golpe forte, golpe rápido, combos e botão de agarrar (Uma vez acionado o jogador pode atirar o rival ou executá-lo de forma brutal). Os pulos poderiam ser mais altos e a possibilidade de praticar Pakour como em Prince of Persia seria bem vinda. Mas os controles são bem regulados e simples.
Som
Perfeito! A dublagem de Kratos pode rivalizar com a de Solid Snake, os efeitos sonoros estão ótimos e as músicas bem selecionadas.
Enredo
Nada incrível mas faz um trabalho decente.
Na trama o guerreiro Kratos quer se vingar de Ares, o deus da guerra, pela morte de sua familia. O grande destaque está no carismático e grosseiro Kratos, com suas falas cheias de energia.
Falhas
Não se preocupem, são poucas.
Em primeiro lugar, a câmera não é muito boa, durante os combates não há problemas mas na hora de se resolver um Quebra-Cabeças baseado em saltos é um empecilho, prepare-se para reiniciar várias vezes.
Em segundo e último lugar devo citar o início da segunda metade do jogo, onde os chefes se tornam raros e os quebra-cabeças aparecem em um número alto demais, não são muito difíceis, mas fica difícil se concentrar quando o jogador está louco para decepar mais algumas cabeças. Porém, no final, o jogo retoma o ritimo original com muitos combates, incluindo dois combates contra um chefe (Há uma luta contra inimigos menores no meio) que já entraram para a história dos games.
Conclusão
O jogo não é perfeito, mas é bem divertido e gerou uma seqüência ainda melhor, não é tão bom quanto os "originais" (Prince of Persia e Devil May Cry), mas é um título bom e merece reconhecimento.
Nota: 8,6
Frases que me inspiram:
"Ain Elohim" By Cletic Frost
"Nothing can divide, terror is thy name" by Kreator
"Come, come... into my coven" by Mercyful Fate