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Das muitas tiras de jornal publicadas desde o inicio do século XX... às revistas de banda desenhada até hoje... os trabalhos do argumentista e desenhador Car Barks figuram entre os melhores. Mais do que isso. Quando falamos em BD divertida, inteligentemente elaborada, apreciada por crianças e adultos em todo o Mundo, o mestre Barks é imbativel.
Brilhante colaborador dos Estudios Disney na década de 1930, Barks deixou o mundo do cinema em 1943 para se dedicar às aventuras aos quadradinhos do Pato Donald, personagem irascível e atrapalhada que ele conseguiu elevar ao estatuto de lenda.
Inovador, perfeccionista, inventivo, Carl Barks é o criador de Patópolis e do seu principal habitante, o Tio Patinhas. Ao longo de 25 anos, desenhou mais de 6 mil páginas e não menos de 500 histórias, influenciando com o seu trabalho artistas tão geniais como ele, incluindo George Lucas e Steven Spielberg, que foram buscar a uma aventura de Patinhas a famosa cena da pedra que rola sobre Indiana Jones no filme Os Salteadores da Arca Perdida
Com o tempo vou postando as histórias mais conhecidas de Carl Barks, onde poderam ver o génio do seu traço e humor simples e subtil.
[size=15pt]Espírito Desportivo[/size]
História Publicada originalmente nos E.U.A. na revista Walt Disney's Comics and Stories, nº 167, de Agosto de 1954
Título: Espirito Desportivo (salmon Derby)
Texto e Arte: Carl Barks
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Primeiras páginas da História (clique na imagem para aumentar)
Quando Espírito Desportivo foi lançada, Barks embarcava no seu terceiro e defenitivo casamento. Os anteriores tinham sido dramáticos para ele e terminaram em divórcio. Agora, ao lado da Pintora Margareth Williams, o artista encontrava a paz necessária para produzir. Garé, como era conhecida profissionalmente a nova companheira, já trabalhava como assistente do ilustrador há dois anos. Ela desenhava as letras dos balões diálogo, preenchia com tinta-da-china os espaços pretos dos desenhos e, às vezes, ilustrava pormenores aos quadradinhos.
Espírito Desportivo foi a história que trouxe uma inovação na obra de Barks, pela primeira vez, o artista usou numa hist´ria pequena o recurso do splash panel, que consiste numa vinheta de abertura que ocupa toda a metade superior de uma página.
O argumento coloca o Pato Donald em confronto directo com o seu primo Gastão, a personagem mais sortuda do mundo. O ganso, criado em 1948, orgulha-se de não trabalhar para conseguir o que deseja e espalha antipatia por onde passa. Segundo Barks, o perfil da personagem transita entre o herói e o vilão: "Ele é o tipo que azeda o leite de toda a gente. A minha mulher odeia-o. Em vez de pôr um brutamontes ou um criminoso para apimentar o enredo, eu usava o Gastão".
Uma forma eficaz que rendeu muitas gargalhadas.
