Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots
Distribuidor: Konami
Programador: Kojima Productions
Categoria: Ação
Faz quase 10 anos desde que o primeiro Metal Gear Solid foi lançado para o Playstation original. Sucesso de crítica e público, a série se tornou uma das principais franquias de seu tempo, tendo vendido mais de 20 milhões de cópias. Conhecida por inventar a jogabilidade ???stealth??? e por interlúdios cinematográficos com produção e direção dignas de Hollywood, MGS ainda ancora boa parte de seu apelo na figura do protagonista durão ???Solid Snake???, ???Snake??? para os mais íntimos. O cobra já enfrentou terroristas no Alaska (MGS1), fez uma rápida passagem por Nova York (MGS2) e aterrissou em uma selva em plena União Soviética (MGS3). Em MGS4: Guns of The Patriots, o cenário é o campo de batalhas em um futuro (2014) dominado por exércitos e mercenários, que tentam manter acesa a economia da guerra.
Segundo Hideo Kojima, criador da série, MGS4 marca o fim da historia de Snake e o encerramento de sua quadrilogia ???Solid???, portanto além de promover o Playstation 3, a produção teve a responsabilidade de fechar bem uma série que fez escola e que se tornou uma das mais admiradas da história. E acreditem, eles conseguiram.
Old Snake
Depois do fracasso do bobalhão Raiden em MGS2 que não agradou muitos porem Kojima falou que foi necessários para dar continuidade a serie, mas Kojima parece ter aprendido a lição e apostou pra valer na testosterona de Naked Snake (Big Boss) em MGS3, apesar de não ser Solid Snake protagonista de MGS1 Naked tem as mesmas características físicas de Solid. Em MGS4, fique tranquilo, Solid Snake volta a ser protagonista. Apesar de velho devido à mutação genética sofrida durante o processo de clonagem em que nasceu, Snake está ainda mais durão.
O personagem, que já virou um ícone dos videogames, ainda é capaz de arrancar gargalhadas pelo seu carisma às avessas. Seu gosto pelos decotes e curvas femininas continua presente mesmo com a idade avançada, e sua agilidade não foi afetada graças à sua roupa de última geração.
Resumindo, este é o Snake que todos aprendemos a amar e em MGS4 os fãs se aproximam ainda mais do personagem.
Super Produção
Com a responsabilidade de elevar as modestas vendas do PS3 até agora, a Konami não poupou esforços para produzir o jogo. Este é, sem dúvidas, o lançamento mais ambicioso e superlativo desta geração. A começar pelo tamanho do jogo, 50GB, armazenados em um disco Blue-Ray de dupla densidade ??? uma característica notável e que inclusive é motivo de uma brincadeira por parte de Otacon em um dos melhores atos do game
?? incrível o nível de detalhes presente, desde as longas cenas de corte, passando pelos menus e áudio, e chegando, é claro, aos gráficos em si. São centenas de objetos, de armas aos menores itens, bem modelados em alta resolução, dezenas de inimigos diferentes e em cenários completamente distintos em forma e conteúdo. Sem dar spoilers para aqueles que não jogaram, há cidade, deserto, selva e neve em MGS4; uma atenção especial a parte da neve, se você é fã da serie terá flash backs de arrepiar, eu garanto.
Sua super produção também causa um efeito inverso e negativo, até agora não presente nos jogos da série MGS, que é a impressão de que tudo ficou um tanto ???over???, desde a narrativa extensa demais à pirotecnia das cenas de corte.
Soa exagerado o nível de pretensão que MGS4 possui, e essa preocupação em impressionar parece que foi colocada em primeiro plano e a jogabilidade não mereceu a mesma atenção apesar de ser a melhor da serie.
Pirotecnia
Metal Gear Solid 4 é o jogo mais impressionante graficamente desta geração, apesar de ser bastante inconstante tecnicamente. Algumas partes do jogo (principalmente indoor), talvez pela falta de iluminação adequada ou texturas de alta resolução, ficam bem atrás do que já vimos em Gears of Wars ou BioShock.
Entretanto, como sempre os japoneses da Kojima Productions deram um show de bom gosto e sofisticação artística para mascarar as limitações do hardware e do engine. Progredindo no jogo, vê-se um espetáculo gráfico sem precedentes e talvez a melhor demonstração visual do potencial destes consoles de nova geração.
O som também é digno de menção honrosa, pois cumpre seu papel com maestria e atenção aos detalhes. A decepção fica com a trilha sonora, que não é tão inspiradora ou emocional quanto a de MGS3 ou até MGS2, porem as mesmas serão ouvidas numa parte brilhante do game.
Hollywood
As famosas cenas de corte, marcas registradas da série, estão ainda mais impressionantes e mostram que Kojima amadureceu não só como designer de jogos, mas como diretor de filme de ação.
Entretanto, MGS4 tropeça na própria ambição de se tornar um filme interativo. As cenas de corte são longas demais, e não-fãs da série não entenderão a maior parte da história. Há em MGS4 algo de 5-8 horas de conversa e menções aos outros 3 jogos, o que representa um empecilho e tanto para quem é novato na série. E para quem e fã da serie vai ser surpreender com as revelações feitas durante o jogo.
Se errou na dose na história, a produção acertou em cheio em outra característica importante de um MGS: os ???chefes de fase???. Os deste novo jogo, de um grupo chamado de ???Beauty and the Beast??? são excepcionais e estão, junto de The End e Psycho Mantis, entre os melhores de toda a série; todos com nomes relacionados aos do primeiro MGS (Octopus, Mantis, Wolf, Raven).
Jogabilidade
Como o game trata-se de um jogo direcionado totalmente ao jogador hardcore. Os controles evoluíram, mas ainda são muito complicados para a maioria das pessoas e herdam a maior parte da configuração original do primeiro MGS1. Prepare-se para usar todos os botões existentes no seu PS3 e se frustrar muitas vezes em batalhas.
Snake tem vários movimentos novos, e os controles parecem ter sido inspirados em Splinter Cell quando a visão passa para primeira pessoa. O que é uma boa adição. Uma novidade introduzida na série é a compra de armas e acessórios em qualquer parte do jogo com um mercenário, traficante chamado Drebin que não darei mais detalhes para evitar spoilers.
O balanceamento do jogo não é dos melhores, sendo alguns cenários, talvez pelo seu gigantismo, frustrantes e difíceis (para quem joga no nível normal). Há fases em que há batalhas demais e outras, batalhas de menos. ?? como se cada fase do jogo tivesse sido desenvolvida independentemente e separada em cinco atos justamente por isso.
Multiplayer
O modo online que deu inicio no último Snake Eater está de volta com um controle melhor, mais armas, itens e mapas. Ele funciona muito bem e é, basicamente, o mesmo sistema do jogo offline adaptado ao multiplayer, incluindo aí uso de armadilhas, o caixote para esconder e as armas que vão desde lança foguetes a pistolas rápidas. Apesar do controle ser o melhor que um MGS já teve, o multiplayer tem um ritmo bem mais lento que em jogos como Unreal Tournament ou Call of Duty, afinal, é essencialmente um shooter em terceira pessoa (a visão em primeira pessoa é acionada para fazer mira), com movimentos de correr e virar bem menos ágeis e toda a complexidade do controle .
Prós:
- Uma super-produção sem precedentes;
- Snake velho, com o carisma de sempre;
- Áudio e gráficos impressionantes;
- Os melhores controles da série;
- Chefes de fase que lembram chefes ja enfrentados na serie;
- Longo single-player e com modo online divertido.
Contras:
- Muito hardcore e isso não agrada jogadores que gostam de jogos mais casuais;
- Excesso de explicações sobre a história compromete o ritmo;
- Enredo é denso e so será entendido para quem é fã da serie.
[size=10pt][size=10pt]NOTA: 9.9[/size][/size]
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