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A História do Vídeogame

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A História do Vídeogame
Anônimo
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    ID: #446655
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    # A História do Vídeogame
    Resposta de Anônimo.
    A História do Videogame
    1961
    30 de julho de 1961. Há mais de 45 anos, um grupo de estudantes do Massachusetts Institute of Technology (MIT) testava pela primeira vez "Spacewar!", um jogo eletrônico desenvolvido em um enorme computador que custava milhares de dólares.

    Tendo o grosso de seu programa feito por Steve "Slug" (Lesma) Russell, com o auxílio de seus colegas Dan Edwards, Alan Kotok, Peter Sampson e Martin Graetz, esses auto-proclamados precursores dos 'geeks' (ou nerds, como conhecidos aqui no Brasil) se inspiraram nos livros do autor E. E. "Doc" Smith para criar seu jogo de batalha espacial.

    O programa foi inteiramente desenvolvido no DEC PDP-1, um daqueles antigos computadores que ocupavam uma mesa inteira (e você não se perguntava a razão de chamarmos os computadores de hoje de 'micros'). Nessa época não existiam computadores caseiros, e os criadores de "Spacewar!" não pensavam em ganhar dinheiro com a invenção - quem iria comprar um aparelho de 120.000 dólares para brincar com um simples game operado com um punhado de teclas?

    Na verdade, tudo começou como um desafio para Russell: com o novo computador dotado de transistores ao invés de válvulas e uma tela (peças de luxo na época), o TX-0, conhecido como Tixo, eles decidiram fazer o que ninguém mais fez por eles: transpor a ficção científica da literatura para uma outra mídia. ?? verdade que o que eles queriam mesmo era um filme, mas isso é outra história. Infelizmente, eles não tinham acesso à enorme máquina.

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    O computador PDP-1 usado na programação de Spacewar

    O TX-0 acabou sendo abandonado pelo PDP-1, recém adquirido pela faculdade. Ainda mais rápido que o TX-0 e igualmente programável, ele era o sonho dos garotos. E poderia ser ligado instantaneamente, ao contrário de seu predecessor, que precisava de uma manhã inteira para aquecimento interno. Eles queriam criar algum tipo de demonstração, e por isso criaram algumas regras que seu programa deveria seguir:

    1) Deveria demonstrar as capacidades do computador, usando quase todo seu potencial;

    2) Deveria ser interessante e interativo (diferente toda vez que rodado);

    3) Deveria envolver o usuário de maneira atrativa e prazeirosa - ou seja, deveria ser um jogo.

    Os jovens então criaram duas naves, uma rotina para simular inércia e um campo estelar aleatório para ajudar a controlar o movimento. Eles queriam também adicionar um "botão de pânico para emergências", e assim nasceu a tecla Hiper-Espaço. O último toque seria a estrela no meio do campo de batalha, que gerava um campo gravitacional que poderia tanto atrapalhar ou ajudar, dependendo da astúcia do jogador.

    "Spacewar!" só estaria oficialmente finalizado em 1962, ocupando míseros 2KB. Russell jamais ganharia um dólar pelo jogo - mas isso não quer dizer que OUTROS não lucrariam com ele.

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    Estudantes testam o jogo Spacewar

    1971

    Em 1949, o engenheiro Ralph Baer foi incumbido de criar a melhor TV do mundo. Ele pensa em criar uma TV interativa com jogos, mas a idéia não vinga. Anos mais tarde, em 1971, a Magnavox compra o projeto de Baer, da Sanders Associates e começa a desenvolver o Odyssey, o primeiro videogame para ser conectado à TV.

    Enquanto isso, Nolan Bushnell, tranforma o quarto da filha numa oficina e adapta o jogo "Spacewar!", de Steve Russell, criando Computer Space, o primeiro arcade do mundo. Como os mainframes eram muito caros e ocupavam muito espaço, Bushnell criou a Computer Space, uma máquina só para jogar "Spacewar!". A experiência dá certo e ele passa a vender a novidade. A Nutting Associates se interessa e contrata Bushnell, temporariamente, para montar os arcades de Computer Space. Mais tarde Bushnell sai da empresa para fundar a Atari.

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    Nolan K. Bushnell, nascido em 4 de fevereiro de 1943, é norte americano.

    Engenheiro eletrônico e empreendedor, fundou a Atari e a rede Chuck E.

    Cheese's Pizza-Time.

    1973

    "Pong", jogo para arcade criado por Bushnell na Atari e lançado no final de 1972, se torna um fenômeno no ano seguinte. Várias empresas, entre elas a Ramtek e a Nutting, começam a lançar similares para entrar na onda dos fliperamas. Não interfere no sucesso da Atari, que estabelece contato com a Namco, do Japão, para levar a novidade ao oriente.

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    Mais de 19 mil máquinas de Pong foram vendidas em um ano

    1974
    Executivos da Atari vão, misteriosamente, para a rival Kee Games, em uma época em que era necessário aumentar a distribuição de máquinas. A Kee Games lança "Tank", jogo mais vendido do ano e ultrapassa a Atari em vendas.

    Na verdade, a Kee Games era uma subdivisão da Atari e, quando voltaram ser uma única empresa, tranformaram-se em uma das maiores indústrias de videogame de todos os tempos.

    Os funcionários da Atari Harold Lee, Alcorn e o engenheiro Bob Brown desenvolvem uma versão de "Pong" para videogame, mas o interesse do público é pequeno devido ao fracasso do Odyssey, uma caixa preta e branca com controles tipo disco.

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    O Arcade Tank com suas quatros alavancas...

    ... e uma montagem de como era uma das fases do game

    1975

    A Atari entra em contato com Tom Quinn, comprador de artigos esportivos da Sears Roebuck e apresenta-o ao arcade doméstico "Pong". Após negociações, a Sears compra 150.000 unidades do aparelho, muito mais do que a Atari podia produzir.

    As máquinas vinham estampadas com o logo da Sears Tele-Games. Bushnell consegue uma linha de crédito de 10 milhões de dólares com Don Valentine para expandir a Atari. No Natal de 1975, o "Pong" torna-se o campeão de vendas do catálogo da Sears.

    De início, o Tele-Games Pong trazia só um jogo, para dois jogadores. Mas logo novas versões do aparelho foram lançadas, algumas com 16 jogos diferentes e para até quatro pessoas simultâneas.

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    O Pong chegou aos Estados Unidos custando US$ 100.

    Barato? Nem tanto. Levando em conta a inflação de todos esses anos,

    hoje seria o equivalente a 400 dólares.

    1976

    O sucesso da Atari leva várias empresas a lançar consoles, mas somente a Coleco (abreviação de Connecticut Leather Company) consegue aprontar tudo para o Dia dos Pais. O videogame Telstar Pong usava tecnologia similar às das máquinas de então.

    Enquanto isso, a Fairchild Camera & Instrument dá outro passo importante lançando o Channel F, o primeiro videogame programável. Congelar o jogo, alterar o tempo e a velocidade passa a ser possível com o Channel F. O joystick era bem interessante: o botão ficava na ponta do manche e podia ser rotacionado. Assim, "Pong" ganhava inclinação na "raquete" e podia rebater a bolinha em vários ângulos.

    Na verdade, com um total de 26 títulos, o Fairchild Channel F foi além do "Pong". Tinha passatempos como "Jogo da Velha", "Forca" e até um "Math Quiz", para o jogador treinar contas de adição e subtração.

    Nessa época, surgem as primeiras críticas aos jogos eletrônicos violentos. "Death Race", da Exidy Games, foi o precursor de "Carmaggedon". Sair atropelando tudo o que viesse pela frente era o objetivo do jogo. "Death Race" serviu ainda de inspiração para a criação de outro jogo recente, "Interstate 76".

    Com o mercado em crescimento, Bushnell vende a Atari para a Warner Communications, pois não vê outra maneira de mantê-la competitiva.

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    O Fairchild Channel F com seus joysticks em forma de manche e jogos em cartucho.

    1977

    A Atari lança o Chuck E. Cheese, uma combinação de casa de fliper com lanchonete, robôs, jogos e cardápios familiares. Bushnell chama a franquia de Pizza Time Theater.

    A Midway Games lança o jogo "Gunfight", o primeiro a usar microprocessadores ao invés de um emaranhado de circuitos. Desenvolvido pela Taito do Japão, "Gunfight" é o primeiro arcade a ser importado pelos EUA.

    Sob a liderança de Bushnell, a Atari desenvolve o VCS (Video Computer System), mais tarde chamado de Atari 2600, e lança-o no Natal por US$ 249,95. Esse é o primeiro console programável com jogos em cartucho da Atari. Entre os títulos, há conversões de jogos para arcade e games criados exclusivamente para o console doméstico. As vendas são um tremendo sucesso e, mesmo assim, acontecem atritos entre Bushnell e Steve Ross, presidente da Warner Communications.

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    "Mais jogos, mais diversão" era o slogan da campanha do

    Atari Vídeo Computer System, que depois ficou conhecido como Atari 2600.

    1978

    A política da Atari de não dar crédito às pessoas envolvidas na criação de jogos, mas apenas para a própria empresa, faz com que surjam os primeiros segredos em jogos. Warren Robinett, criador de "Adventure", faz uma sala secreta onde seu nome brilha em cores de arco-íris. Para entrar na sala, o jogador deveria levar um ponto cinza para a tela inicial. Mais tarde, esses segredos e truques se tornaram elementos obrigatórios nos games.

    Bushnell deixa a Atari e cria outra empresa. Um contrato de cinco anos, estipula que a Atari não competirá com a nova empresa de seu ex-homem forte. A Pizza Time Theaters também é comprada por Bushnell.

    Ray Kassar chega à presidência da Atari. Em março, a Nintendo lança um arcade chamado "Computer Othello", uma versão do jogo de mesa "Othello". Não há joysticks, apenas 10 botões coloridos para cada jogador. Cada partida custa 100 ienes (R$ 1,61), preço que virou padrão para os jogos de arcade no Japão.

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    Warren Robinett, criador de Adventure e do primeiro truque de game.

    Após a Atari, o designer interativo fundou o The Learning Company, empresa

    dedicada a softwares educativos.

    Dois lançamentos aumentam, ainda mais, a popularidade dos games: "Football", da Atari, e o lendário "Space Invaders", importado pela Midway e desenvolvido pela Taito. Esses dois títulos para arcade batem todos os recordes de vendas.

    No Japão, a Namco solta o Gee Bee, uma versão digital das mesas de fliper. Terminada a temporada de futebol americano, o jogo é esquecido. Mas "Space Invaders" continua sua carreira de sucesso nos arcades e provoca até falta de moedas no mercado norte-americano.

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    Japonesa Taito entra para a história com o arcade Space Invaders

    1979

    "Lunar Lander", o primeiro jogo comercial com gráficos vetoriais, na forma de wireframes, isto é, os objetos eram formados por linhas como se fossem o esqueleto de um modelo 3D, é lançado. Nasce então o antecessor dos gráficos poligonais, usados na maioria dos jogos da atualidade.

    Outro jogo lendário é o grande lançamento do ano: "Asteroids". Apesar de ter vendido 80 mil cópias e de ter virado febre nos EUA, o jogo não fez muito sucesso em outros países.

    A Sega solta o "Monaco GP", base para o "Pro Monaco GP", de 1980, e do realista "Super Monaco GP", de 1989.

    O sucesso do Atari 2600 prova que os videogames não são uma onda passageira. Conversões e jogos originais continuam a sair exclusivamente para o console, enquanto a empresa negocia os direitos de 'blockbusters' como "Space Invaders".

    1980

    Lançamento de "Space Invaders" para o Atari 2600. As vendas do console explodem.

    A Mattel coloca seu console no mercado. Trata-se do Intellivision, que tem os melhores gráficos e um preço bem salgado: US$ 299. Como a Atari, a Mattel era quem melhor produzia jogos para o seu próprio console, mas além de não criar sucessos como os da rival, também não tinha habilidade para negociar com outras empresas de arcade. "Astrosmash" foi um dos primeiros jogos. O console também tinha uma conversão fiel do arcade "Burgertime".

    A Actvision é fundada por programadores dissidentes da Atari. Nasce a primeira softhouse terceirizada da história. Não bastasse isso, a nova empresa passa a competir com a antiga anfitriã. Agora, todos os trabalhos recebem créditos individuais e os designers dão palpites para as embalagens e campanhas de marketing de suas criações.

    Bob Whitehead cria "Boxing" e "Skiing" para a Activision, jogos de tema esportivo que não eram de interesse da Atari.

    Ed Rotberg, da divisão de arcades da Atari, cria o "Battlezone", primeiro jogo 3D em primeira pessoa. Trata-se de um desafio de tanque em cenário bélico. Logo depois, o governo americano encomenda uma versão melhorada e a utiliza com propósitos militares.

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    O Intellivision, da Mattel.

    A Namco lança "Pac Man", o arcade mais famoso de todos os tempos, com mais de 300 mil unidades vendidas em todo o mundo. Seu criador se inspira em uma pizza com sete fatias para criar o personagem. Nos EUA, onde 100 mil máquinas foram vendidas, o jogo ganhou novo nome: "Puck Man". Mas esse rebatismo não durou muito. Por quê? Troque o P por uma outra letrinha e veja o que acontece. Para a felicidade geral de todos, "Puck Man" voltou a ser "Pac Man".

    Como a nova onda dos arcades, a Chuck E. Cheese do criador do Atari, Nolan Bushnell, se torna um sucesso.

    A Sega obtêm os direitos para lançar "Missile Command", da Atari, no Japão.

    Minoru Arakawa, genro de Hiroshi Yamauchi, o chefão da Nintendo do Japão, abre uma filial em Nova York, EUA, que depois se transfere para Seattle. A Nintendo da América tinha um futuro incerto, já que depois de "Computer Othello" não conseguia criar outro sucesso.

    Ao lançar "Sasuke vs. Commander", a SNK, outra softhouse que se tornaria famosa, ganha destaque. "Sasuke" é um jogo de tiro com gráficos detalhados e trabalhados para a época, onde o jogador comanda um samurai que tenta proteger seu shogun de ninjas assassinos.

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    Com Pac-Man, o criador Toru Iwatani queria

    popularizar os games entre o público feminino.

    1981

    Depois de transformar várias 'bombas' da Nintendo em sucessos comerciais, o artista Shigeru Miyamoto cria o jogo "Donkey Kong". O herói, apelidado de Jumpman, um carpinteiro baixinho, deveria salvar sua namorada Pauline das garras de um gorila raivoso. Jumpman, nos Estados Unidos, ganha o nome de Mario, pois os funcionários da Nintendo acham o personagem parecido com Mario Segali - dono do galpão usado pela Nintendo em Seattle.

    A Konami lança "Scramble", jogo de tiro que serve de base para vários outros jogos similares da empresa, como a série "Gradius" (ou "Nemesis").

    Mais descontentes saem da Atari e fundam a Imagic, uma das softhouses mais competentes do console Atari 2600.

    Por falar em ex-funcionários da Atari, os jogos criados por dissidentes que foram para a Activision fazem sucesso. Caso de "Freeway", de David Crane; "Kaboom", de Larry Kaplan; "Tennis" e "Ice Hockey", de Alan Miller.

    A Atari negocia os direitos de "Pac Man" e lançava o arcade "Tempest", jogo com gráficos vetoriais coloridos de tecnologia ainda instável e propenso a erros. Mesmo assim, "Tempest" ganha uma legião de seguidores, que tratam os bugs como truques do jogo.

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    Pôster do arcade Donkey Kong. O nome Mario só apareceu

    depois, inspirado em Mario Segali, dono de um galpão usado pela

    Nintendo norte-americana.

    A Sega lança, nos Estados Unidos, o jogo "Frogger", da japonesa Konami. Assim como em "Freeway", o jogador deve atravessar uma estrada e chegar em segurança no lado oposto. O jogo da Konami, no entanto, é bem mais elaborado. Além da rua, deve-se cruzar um rio, pulando sobre cascos de tartarugas e em tocos de árvores que passam por suas águas.

    Neste ano ocorre a primeira fatalidade da história do videogame: um homem morre de ataque cardíaco jogando "Berserk", um jogo da Midway para fliperama e depois Atari 2600 cujo objetivo é enfrentar hordas de robôs.

    Os rendimentos do mercado norte-americano de arcade são de US$ 5 bi.

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    O simpatico Frogger, da produtora japonesa Konami.

    1982

    A Coleco entra em cena outra vez com o lançamento de ColecoVision, console baseado em cartucho com melhores gráficos e sons, além de ótimas conversões de "Jungle Hunt", da Atari, e "Donkey Kong" e "Donkey Kong Junior", ambos da Nintendo - uma empresa em crescimento.

    A Atari teve apenas conversões regulares desses jogos. Preocupada com os negócios da Atari com a Namco, a Coleco tenta parceria com Sega, Konami e Universal (de "Mr. Do!").

    Outro console é lançado no mercado: Vectrex, da General Consumer Electronics. O Vectrex é a primeira e única máquina da história que trabalha exclusivamente com gráficos vetoriais. Vinha com um jogo na memória, o "Minestorm", impressionante clone de "Asteroids", e um controle analógico com quatro botões.

    A decadência da Atari começa com as versões de "Pac Man" e do jogo "E.T.". Toneladas desses títulos e de outros de baixa qualidade viram aterros no Novo México. Jogos originais como "Pitfall", de David Crane, vendem bem. Os usuários de Atari 2600 começaram a se decepcionar com a empresa.

    Para melhorar o clima, é lançado Atari 5200, que usava os mesmos chips gráficos e sonoros do computador que a Atari fabricava. Os jogos nada mais são que versões melhoradas de antigos jogos. As vendas são fracas. Os jogos de Atari 2600 não são compatíveis com o console 5200. Um adaptador é lançado para corrigir o problema.

    A Namco cria "Ms. Pac Man", que se torna o maior sucesso para arcade do ano nos Estados Unidos, com 115 mil unidades vendidas. Ele é na verdade um hack feito por dois adolescentes que modificavam e vendiam upgrades para fliperamas. Suas adaptações fizeram tanto sucesso que a Namco acabou comprando "Ms. Pac Man" e contratando os dois programadores.

    A Namco não lança "Ms. Pac Man" no Japão e resolve trabalhar em "Super Pac Man", um jogo bem diferente do original. Uma grande quantidade de 'versões melhoradas' começam a aparecer. A mais famosa é "Pac Man Plus", onde os as frutas e outros elementos bônus são trocados por símbolos da cultura norte-americana como latas de Coca-Cola e hamburgueres.

    Apesar do sucesso de "Ms. Pac Man", a indústria do entretenimento eletrônico começa a dar sinais de queda. Em 7 de dezembro, a Atari anuncia que as vendas do console não atingiram as expectativas. As ações da Warner despencam 32% em um único dia.

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    No Atari 2600, Pitfall é bem mais aceito que Pac-Man e E.T.

    1983

    Nolan Bushnell entra na Sente Games, antiga Videa, e volta à indústria do videogame. Na verdade isso é um trocadilho: enquanto Atari é "xeque" no jogo de tabuleiro chinês "Go", Sente significa "xeque-mate". Em parceria com a Midway, a empresa lança arcades como "Hat Trick", jogo de hockey simples, mas com um algo mais. A parceria, entretanto, não consegue criar um um nicho no mercado.

    Em 27 de junho foi anunciado numa conferência à imprensa o MSX, que tinha como objetivo ser um padrão no mercado de computadores - inspirado no sucesso do VHS, que virou sinônimo de videocassete - e também ser uma máquina de entretenimento de baixo custo. Por esse motivo, tornou-se popular e muitos jogos foram produzidos para a plataforma.

    Na época era comum cada fabricante ter seu próprio padrão e eles não eram compatíveis entre si. No caso do MSX, qualquer produto de diferentes fabricantes eram compatíveis, tanto em nível de software como de hardware, tal e qual os atuais PCs. Enfim, o MSX era uma plataforma, no sentido restrito da palavra.

    O padrão foi concebido por Kazuhiko Nishi, ex-executivo da Microsoft do Japão e fundador da ASCII Corporation, que tinha como negócio principal a publicação de periódicos sobre computadores. A ASCII também viria a editar o Famicom Tsuushin, a atual revista japonesa Famitsu, hoje publicada pela Enterbrain e publicação mais famosa sobre videogames da atualidade. A Microsoft de Bill Gates também teve participação no projeto, que teve o interpretador de linguagem BASIC embutido na ROM do MSX. Era tido como consenso que a sigla vinha de "MicroSoft eXtented", mas o próprio Nishi declarou em congresso na Holanda que se tratava de "Machines with Software eXchangeability" (máquinas com softwares intercambiáveis).

    O MSX tinha algumas características específicas, como uma arquitetura bem planejada e facilmente expansível, sendo um dos poucos computadores realmente "plug & play" da história, isto é, com periférico quem funciona sem a necessidade de instalação de drivers, já que vinha embutido no próprio hardware. Até hoje entusiastas desenvolvem periféricos para o computador, como um controlador para DVD-ROM. Para alcançar a popularidade desejada, foi projetado para funcionar em televisores comuns, em vez de monitores próprios, que costumam ser caros.

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    O MSX Expert, da Gradiente. Chegaria ao Brasil dois anos depois.

    A primeira versão do MSX tinha como processador central o Z80 da Zilog e o processador de vídeo TMS9918 da Texas Instruments, os mesmos do Colecovision - existem emuladores que fazem rodar jogos de uma plataforma em outra. Diversos fabricantes se interessaram em produzir o computador, a maioria do Japão, como a Sony, Panasonic e Casio. Mas muitas companhias estrangeiras também o produziram, como as coreanas GoldStar (atual LG), Samsung e Daewoo, além da holandesa Philips e a americana Spectravideo. O computador também foi bem popular no Brasil e duas fabricantes nacionais lançaram o padrão em solo brasileiro: a Gradiente com seu Expert e a Sharp, dona do HotBit.

    "Dragon's Lair", de Don Bluth, é lançado. ?? o primeiro título a usar tecnologia de vídeo laser.

    A Coleco lança o computador Adam e quase vai à falência. Trata-se de uma máquina cara, composta por um gravador de fitas, uma impressora grande, um teclado e CPU numa caixa do tamanho de um sarcófago. Rodava jogos de cartucho e fitas. A divisão Cabbage Patch Doll mantém a companhia viva e um software, para ColecoVision, baseado nessas bonecas foi introduzido. Um acessório para rodar jogos de Atari 2600 no console da Coleco é desenvolvido. Para jogar são usados joysticks extras de Atari.

    A empresa Commodore lança o Commodore 64, um computador relativamente barato e poderoso. Atingia uma resolução de 320 x 200 pixels e 16 cores simultâneas, performance melhor que qualquer videogame da época.

    Enquanto a indústria americana de videogames passa por um momento de estagnação - os jogos lançados não têm originalidade -, a Nintendo lança, em julho, no Japão, o Family Computer (Famicom). O fato de o novo console parecer um brinquedo não é casual, pois a Nintendo tinha essa intenção quando o desenvolveu. Conversões de "Donkey Kong", "Donkey Kong Junior" e "Popeye" - os dois últimos jogos podiam ser jogados por duas pessoas - são lançadas. Títulos de beisebol e versões de "Mario Brothers" também aparecem no Famicom. A Nintendo tenta convencer as softhouses a desenvolverem jogos para o console.

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    O Nintendo Family Computer, ou Famicom, chegou ao Japão

    em Julho de 1983. Nos Estados Unidos, o nome muda para NES

    (Nintendo Entertainment System) e o aparelho perdeu a aparência de "brinquedo".

    1984

    Game over. 84 foi o ano negro da história do videogame. Num piscar de olhos, o consumidor deixa de se interessar pelas máquinas de jogar. Por quê? As vendas de consoles caem vertiginosamente. Afinal, por que gastar US$ 150 num videogame nos Estados Unidos, se um computador custa US$ 200? O computador também serve para atividades educacionais e muitas outras coisas. Além disso, as revistas especializadas oferecem 4 ou 5 programas novos, inclusive jogos, a cada edição.

    Já no final de 83, empresas não ligadas ao mundo dos jogos de videogame começam a entrar em contato com softhouses para criarem jogos promocionais. Literalmente, até barraca de cachorro-quente queria jogos que valorizassem a marca para usar como material de divulgação. Mas os games produzidos eram horríveis e o público, cansado desse joguinho de marketing, perde o interesse por jogos.

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    Em 1984, Gremlins era o sucesso nos cinemas,

    mas o jogo para Atari 2600 foi ignorado.

    Esse era o panorama no ocidente. Enquanto isso, no outro lado do mundo, o Nintendo Entertainment System, ou NES, começava a nascer. O Famicom, nome oriental do console que transformaria a Nintendo numa gigante, ganhava apoio das primeiras softhouses independentes que começaram a criar games para a plataforma.

    A primeira a entrar no barco foi a Hudson, que mais tarde viria a lançar clássicos como "Star Soldier", "Bomberman" e "Adventure Island". Mas os seus primeiros jogos, que vieram ao final de julho, eram "Nuts & Milk" e "Lode Runner". Ambos tinham funções para criar suas próprias fases e a gravação de dados era feita através de fitas cassete, usando o periférico Family Basic, que transformava o Famicom num computador.

    Quem conseguiu mais sucesso de cara foi a Namcot (atual Namco), trazendo seus atuais clássicos de arcade para o videogame de 8 bits da Nintendo, que incluia os jogos "Galaxian", "Pac-Man", "Mappy" e "Xevious".

    A Nintendo também não ficou parada e lançou o também clássico "Excite Bike", outro que permitia editar fases e gravá-los em fita cassete.

    O sucesso do Famicom no Japão faria com que os videogames voltassem com força ao ocidente em 1986, poucos meses após o lançamento do NES (Nintendo Entertainment System), que aconteceu em outubro de 1985.

    E pensar que a Nintendo procurou a Atari para fazer marketing do seu produto nos Estados Unidos.

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    Mappy foi um dos primeiros jogos da Nanco para o Famicom.

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    Em 1984, a Nintendo já fazia sucesso no Japão com Execite Bike

    1985

    A Nintendo começa a fazer testes em Nova York para vender o NES no mercado norte-americano. Os varejistas estavam tão céticos em relação aos videogames que a Nintendo teve de concordar em recomprar tudo que não fosse vendido pelas lojas. E mais: deveria reformular o design para se adaptar ao gosto americano, para quem videogame era acessório de TV, não um brinquedo. Para vender o console em lojas avessas aos videogames, a empresa também inventou um robô, o R.O.B. Nessas lojas, ao invés de ser vendido como videogame, o NES vira um pacote para jogos de robô. Coisa de americano! No final, apenas dois jogos saíram para o R.O.B.: "Stack-Up" e "Gyromite", que acompanha o acessório.

    Uma pistola para jogos como "Wild Gunman", "Duck Hunt" e "Hogan's Alley", sucessos do arcade e do Famicom, no Japão, é lançada. Munido de ótimos jogos da própria Nintendo, e de conversões de sucessos do arcade como "Kung Fu Master", da Irem, e o lendário "Super Mario Bros.", o NES não demora para emplacar nos Estados Unidos, apesar do lançamento patrulhado.

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    Caixinha dos primeiros jogos do NES nos Estados Unidos

    A Nintendo mantinha um padrão, mas as produtoras terceirizadas

    tinham liberdade de criar suas embalagens.

    Seguindo a Apple, que fez sucesso com o Macintosh, a Atari, de Tramiel, também prepara um computador baseado no chip 68000 (Motorola, 16 bits), o 520ST, internamente chamado de "Jackintosh".

    Também em 1985, foi lançada a segunda versão do MSX, o MSX2, com melhores gráficos e RAM mínima de 64KB.

    Os jogos eram lançados em cartuchos, mas cópias de programas podiam ser encontradas em fitas cassetes e, depois, em disquetes. Com o aparecimento de jogos maiores que 64KB, os chamados MegaROMs, foram desenvolvidos periféricos específicos para acomodar todos os dados e permitir que as cópias rodassem sem sobressaltos.

    Foi nesse período que o MSX viu seus melhores jogos e, de longe, a Konami foi a softhouse que mais obteve sucesso na plataforma. Clássicos como "Vampire Killer" - precursor de "Castlevania" -, "Parodius" e "Metal Gear" nasceram no MSX. Outros jogos da Konami que fizeram sucesso incluem "Penguin Adventure" - o primeiro jogo de Hideo Kojima, que viria a criar "Snatcher" e os dois "Metal Gear" para a plataforma -, as séries "Gradius", "Knightmare" e "King's Valley", além de "Goemon" ("Legend of the Mystical Ninja") e "Space Manbow".

    A companhia dava muita importância às trilhas musicais e chegou a desenvolver um chip, que vinha embutido em seus cartuchos, que acrescenta cinco canais de som aos três nativos do computador. Essa tecnologia, chamada de SCC, também foi usada no NES, em games como "Castlevania III: Dracula's Curse". Assim, os jogos da Konami também eram conhecidos pelas memoráveis composições, como as de "Gradius 2", "Salamander", "Parodius" e "Snatcher", tidas como algumas das melhores da história.

    Apesar de grandes jogos e o computador mais popular do Japão nos anos 80, o MSX perdeu a concorrência para o NES - também lançado em 83 -, mais barato e com processador de vídeo melhor. O MSX2 veio com gráficos mais elaborados, mas continuou longe de competir no quesito custo. Além disso, não conseguiu ter sucesso nos Estados Unidos, onde o Commodore 64 era popular. Seu sucesso ficou localizado, fora do Japão, na Coréia do Sul, na Europa (principalmente na Holanda e Espanha), além de países árabes e no Brasil. Também foi muito popular na Rússia, pois era um dos poucos computadores permitidos para importação e foi usado até na estação espacial Mir.

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    O visual de Snake na embalagem de Metal Gera para MSX

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    Com algumas diferenças, o jogo do MSX foi adaptado para o NES.

    1986

    Satisfeita com o teste aplicado em Nova York, a Nintendo contrata a World of Wonder, criadora de Teddy Ruxpin e Laser Tag, para ajudar no marketing do NES em território norte-americano. O sistema estreou com dois pacotes: um com o R.O.B., a pistola e os jogos "Gyromite" (para R.O.B.), "Duck Hunt" e "Super Mario Bros.", ao preço de US$ 249; o outro, mais básico, vinha com "Super Mario Bros." e custava US$ 199.

    A Sega também entra no mercado americano com seu console, o Master System, esperando desempenho superior ao do mercado japonês. Distribuído pela Tonka, fabricante de caminhões de brinquedo, o console chega com a força do nome Sega nos arcades e alguns jogos originais, como "Hang On" e "Fantasy Star", mas não decola. As conversões de arcade da Sega eram muito fracas, apesar de outras softhouses terem desenvolvido bons trabalhos. A pistola e os caros óculos 3D, ambos para poucos jogos, não ajudam a melhorar a imagem do Master System. Posteriormente, o console é lançado no Brasil pela Tectoy e, sem a concorrência da Nintendo, acaba se tornando febre.

    A Atari lança o Atari 7800 que, ao contrário do 5200, era compatível com jogos do 2600. Tarde demais. A imagem da empresa já estava manchada e as revistas criticaram os antigos títulos que foram lançados. A Nintendo domina o mercado vendendo 10 vezes mais que seus competidores. No Japão, é lançado um drive de discos com os jogos de golfe, futebol e o mitológico "Legend of Zelda". O sucesso da Nintendo faz com que várias softhouses a procurem para produzir jogos para o NES. Até empresas que davam suporte à Atari entram na onda.

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    Sega Master System: sucesso no Brasil, quase desconhecido no resto do mundo.

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    Com jogos requentados da geração passada, não deu para o Atari 7800.

    1987

    A Nintendo continua crescendo e encurrala os adversários.

    A Atari ainda faz jogos para o 2600, mas estes são ignorados pela imprensa. A empresa também trabalha em conversões de "Galaga" e "Dig Dug" (Namco); "Asteroids" e "Centipede" (Atari); "Robotron: 2084" e "Joust" (Williams) e "One-in-One Basketball" (Electronic Arts) para o 7800.

    "Legend of Zelda" chega aos Estados Unidos em forma de cartucho; a Nintendo decide não levar o caro periférico Disk Drive para o país do Tio Sam. Jogos como "Kid Icarus" e "Metroid" aumentam a fama do NES.

    Mais um lançamento da Atari: o console Atari XE. Pela segunda vez, a empresa requenta tecnologia e tenta vendê-la como se fosse de ponta. Ao contrário do Atari 5200, o novo console usava cartuchos dos moribundos computadores da linha XE. O pacote incluía dois jogos, "Barnyard Blaster" e "Flight Simulator II", uma pistola e um teclado destacável - este último item deixou o console mais caro que o NES. Com teclas grandes e em tons pastéis, junto com uma versão em cinza claro do tradicional joystick do 2600, e fisicamente maior que o console da Nintendo, o Atari XE não emplacou. A compatibilidade com os periféricos, como disk drives, impressoras e modems dos velhos XE despertou o interesse dos donos desses computadores, mas, mesmo assim, o Atari XE afundou.

    No Japão, o PC Engine não fez feio feio frente à Sega e Nintendo e deixou excelentes jogos

    Enquanto isso, a NEC lança o PC Engine, videogame de 8 bits que teve o apoio da softhouse Hudson, famosa pela série "Bomberman". A Hudson forjou um acordo com softhouses de menor expressão para distribuir seus jogos. E mudou sua linha de trabalho para que os novos jogos ficassem diferentes dos títulos já produzidos para o NES, sucessos como "Bomberman", "Star Soldier" e "Faxanadu".

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    Lançado em disco no Japão, Legend of Zelda chega em cartucho nos E.U.A.

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    Metroid é outro título que ajudou a consagrar o NES no ocidente

    e a enterrar de vez o Atari 2600.

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    O PC Engines não fez feio frente a Sega e Nintendo

    e deixou exelentes jogos.

    1988

    A NEC faz acordos com Irem e Namco, e dá um importante passo para consolidar o sucesso do PC Engine.

    Nesse ano foram lançados os jogos "R-Type" (Irem), "Fighting Street", o primeiro "Street Fighter", (Capcom) e jogos originais como "Power League Baseball" (Hudson). A Namco cria jogos de esporte, um de beisebol e outro de tênis; "Galaga '88", uma versão mais moderna do sucesso de 1981 e "Dragon Spirit", conversão de um grande sucesso dos arcades.

    As brigas judiciais no mundo dos games intensificam-se. A Atari leva a Nintendo aos tribunais, alegando prática ilegal de monopólio, controle de preços e bloqueio eletrônico, via chip, para proibir o desenvolvimento de softwares de empresas não autorizadas.

    Após o fracasso de sua linha de computadores ST (o "Jackintosh"), e de todos os produtos domésticos, a Atari, dirigida pelos desorientados Tramiels, lança versões de "Donkey Kong" (1981), "Donkey Kong Junior" (1982) e "Mario Brothers" (1983) para o 7800.

    Um dos maiores sucessos da história é lançado: "Tetris", do russo Alexey Pajitnov. Embora tenha criado um jogo conhecido mundialmente e que vendeu na casa dos milhões de unidades, na época, Pajitnov não viu a cor do dinheiro, sugado pela política comunista. Até hoje, "Tetris" é inspiração para muitos quebra-cabeças.

    A Nintendo lança a seqüência de "Legend of Zelda": The Adventure of Link" e "Super Mario 2". Esse, na verdade, não é o mesmo "Mario 2" lançado no Japão: considerado muito difícil para o público americano, a Nintendo of America adaptou o game "Doki Doki Panic" com os personagens de "Mario 1" e assim nasceu o que os japoneses conhecem como "Super Mario USA".

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    Alexey Leonidovich fundou a Tetris Company. Entre muitos trabalhos,

    participou do design de Yoshi's Cookie (SNES) e fez Hexic HD para X-box 360.

    1989
    A Atari descobre um meio de passar pelo chip de bloqueio do NES e lança jogos não autorizados pela Nintendo, sob a marca de Tengen.

    Seguem-se inúmeros processos e recursos. A Atari ganha os direitos de lançar para o NES as versões de "Shinobi", "Alien Syndrome" e "Afterburner", todos da Sega, e conversões de arcades da própria Atari. As brigas continuam, desta vez envolvendo os direitos de "Tetris". A Atari criou uma versão com melhores gráficos para até dois jogadores, mas a Nintendo vence nos tribunais. Resta a Atari retirar seus cartuchos do mercado.

    Um armazém da Tengen, abarrotado de jogos "Tetris", é destruído. Varejistas fazem a festa e vendem as cópias que têm por US$ 100.

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    Capa de "Tetris" da Tengen (Atari). Hoje, uma raridade para NES

    A NEC lança o PC Engine nos Estados Unidos com o nome de TurboGrafx-16, por US$ 189,95. Apesar das negociações com grandes softhouses no Japão, a NEC não tinha poder de fogo para combater o NES. O TurboGrafx 16 foi o primeiro console a ter CD-ROM, mas o número de títulos, nos Estados Unidos, era pequeno.

    Enquanto a Nintendo, e outras empresas, tem problemas com a imprensa especializada - a Nintendo reluta em passar informações para veículos que não sejam seus, como a Nintendo Power. Já a NEC faz acordos com a Video Games & Computer Entertainment e a Sendai Publishing que anunciam a criação de uma revista especializada para TurboGrafx, com informações vindo direto dos relações públicas da empresa.

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    Game Boy começa sua carreira de sucesso nos EUA. "Tetris" e "Alleyway" são os primeiros jogos

    Ainda dependendo da Tonka e de uma filial pequena, mas em crescimento, a Sega lança o Genesis - Mega Drive para brasileiros e japoneses - nos Estados Unidos. No Japão, o console já tinha relativo sucesso. Ao preço de US$ 249,95, o Genesis vinha acompanhado de "Altered Beast". O marketing da Sega, que valorizava o potencial da máquina para conversões de arcades, ajudou o Genesis a ser um sucesso.

    A Atari também lança um portátil, o Lynx, desenvolvido pela Epyx que já andava mal das pernas. Ainda assim, a Epyx lançou grandes jogos para o Lynx e a Atari fez conversões do 7800 e de seus arcades. Apesar de colorido e do bom hardware, o portátil da Atari não pegou. Além de mais caro que o Game Boy - custava US$ 179,95 -, o aparelho enfrentou os boatos de falência que envolviam sua criadora.

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    Mega Drive chega aos Estados com novo nome: Sega Genesis. Gráficos de 'última geração' fazem do console 16-bits da Sega um sucesso

    1990

    "Super Mario Bros. 3", o jogo mais vendido de toda a história, é lançado. Apesar de enfrentar a concorrência do Mega Drive e do TurboGrafx, o NES teve o seu melhor ano. console contou com a ajudinha extra das softhouses que lançaram cartuchos com chips para que os gráficos fossem melhores.

    No Japão, o Super Famicon, Super NES para os brasileiros e americanos, é lançado. O console de 16 bits da Nintendo, guardadas as devidas proporções, é que mais se parece com os videogames atuais. Acompanhado de "Super Mario World", o Super Famicom provocou filas gigantescas diante das lojas especializadas.

    Nos EUA, a Nintendo briga na justiça com a rede de locadoras Blockbuster e defende a tese de que o aluguel de cartuchos derruba as vendas.

    A SNK, que durante muito tempo desenvolveu jogos para NES, como a série "Ikari Warriors" e "Crystallis", lança seu sistema de 16 bits, o Neo Geo. A plataforma, com versões profissionais (arcade) e domésticas, era muito superior aos consoles existentes, tanto em desempenho quanto em preço. Os consoles da SNK custavam US$ 500; os cartuchos, US$ 150. Esses números nada convidativos mantiveram as vendas em baixa.

    A Sega mantém a política de conversão de jogos do arcade para o Mega Drive. O console ganha versões de "E-Swat", "Afterburner II" e outros sucessos, além de garantir os direitos do fantástico, porém desconhecido, arcade "Strider", o primeiro jogo de console com oito megabits. A Capcom já havia lançado uma versão adaptada de "Strider" para o NES. Mas é a conversão da Sega é que se destaca, tanto que "Strider" ganhou títulos de melhor jogo do ano.

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    O Super Famicom causou filas no Japão, em 21 de novembro de 1990

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    "Strider" para Mega Drive (Sega Genesis): melhor jogo de 90

    Mais um portátil é lançado: TurboExpress, da NEC. O TurboExpress podia ser conectado a um sintonizador de TV. Na verdade, era um TurboGrafx portátil, com um ótimo monitor de cristal líquido. Preço: US$ 299,95. Pela segunda vez na história, um console vira portátil e, pela primeira vez, vem com monitor. O primeiro console a virar portátil foi o TV Boy, versão compacta do Atari 2600. Sem monitor e com entrada para cartucho, apesar de ter 100 jogos na memória, O TV Boy funcionava com pilha.

    1991

    A Nintendo lança a versão americana de Super Famicon, rebatizada como Super NES, por de US$ 249,95. Jornalistas questionavam se o novo Mario seria o suficiente para atrair os fabricantes dedicados ao NES.

    A Sega joga pesado e põe "Sonic the Hedgehog" no Mega Drive para competir com o novo console da Nintendo. O carismático personagem, que virou mascote da Sega, ganha as capas de muitas revistas que levantam o desafio: Mario ou Sonic, qual é o melhor? Mario ganha a disputa.

    Acontece a primeira investida da Sony no mercado de videogames. A empresa propõe o lançamento de um CD-ROM, o PlayStation, para o Super NES. O periférico melhoraria as capacidades gráficas e sonoras com o novo formato em CD.

    A Galoob Toys lança o Game Genie, um acessório que permite "mexer" no jogo: obter vidas infinitas e truques que deixam os jogos mais fáceis são os trunfos do apetrecho. Mais uma vez, a Nintendo não gosta nada da história. De acordo com a empresa, o Game Genie reduz o a diversão do jogo. A Nintendo perde a ação e o acessório continua sendo vendido. Ele é usado hoje em dia para rodar jogos no Nintendo, ultrapassando o chip de proteção do console (que com o tempo pára de funcionar direito). Quando a Galoob vai produzir uma versão para o Mega Drive, a Sega faz questão de ajudar a empresa.

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    Sonic, o mascote 'com atitude' da Sega nasceu para competir com Mario Bros., da Nintendo

    Nos arcades, uma revolução: o lendário "Street Fighter II", jogo mais famoso da década de 90 e renovador do gênero luta, é lançado. As casas de arcade se revigoram e compram placas e mais placas de "Street Fighter II". A concorrência investe em dezenas de similares de jogos de luta, que se tornaram sensação dos fliperamas, além de jogos mais sofisticados, como os de corrida com seus gabinetes com bancos e câmbio de marchas 'reais'.

    A Atari volta às manchetes das revistas de jogos ao anunciar o desenvolvimento de um novo console de 16 bits, para competir com a Sega e a Nintendo.

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    O elástico Dhalsim, um dos guerreiros de "Street Fighter II"

    1992

    O atrito entre as softhouses e a Nintendo aumenta. A 'Big N' sé dá bem e consegue contrato de exclusividade de um ano para a conversão de "Street Fighter II". E mais: a Konami se compromete a lançar o jogo das "Tartarugas Ninjas", "Turtles in Time", para o console 16 bits da Nintendo.

    A Konami e a Capcom faziam jogos para Mega Drive, mas seus melhores times nunca trabalhavam para o console da Sega. Convencida de que precisava aumentar sua participação no mercado, para atrair as melhores softhouses, e também de que a Nintendo só conseguiu tal feito após lançar séries de sucesso, a Sega corre contra o tempo e lança "Sonic the Hedgehog 2", no Natal. As vendas são estrondosas e ameçacam o reinado da Nintendo.

    O Mega Drive ganha seu CD-ROM, o Mega CD, ou Sega CD nos Estados Unidos, mas a Sega não permite que as softhouses tenham acesso fácil a recursos como o zoom e a rotação de sprites.

    Para impulsionar a venda do Sega CD, a Sega americana concentra os títulos nos "cinemas interativos", como "Night Trap", gêneros inadequados para cartuchos. Muitos arcades estavam sendo preparados, mas, no Japão, o periférico não pegou e parte dos projetos foi abandonado.

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    "Night Trap", para Sega CD: indústria de jogos contrata atores

    1993

    A Panasonic começa a campanha de marketing do seu 3DO (US$ 699), o primeiro videogame 32 bits da história, desenvolvido pela empresa 3DO.

    Com o apoio de grandes softhouses do mundo inteiro - algumas desenvolviam exclusivamente para o console - o 3DO pareceu invencível no começo, apesar de seu preço bem exagerado para um console doméstico. "Road Rash", da Electronic Arts, foi uma das sensações do console. A lista de jogos inclui "Crash 'N Burn", "Gex" e "Way of the Warrior".

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    3DO: tecnologia de ponta, mas o preço era proibitivo

    A Atari arquiva o Panther, de tecnologia ultrapassada, e lança o Jaguar, que a empresa diz ser o primeiro console de 64 bits do mundo. Tecnicamente, é discutível se o Jaguar tinha ou não 64 bits. Na prática os jogos estavam apenas um nível acima dos consoles de 16 bits. Poucas softhouses fizeram jogos para o Jaguar, mas, pelo menos para os americanos, o console teve um valor sentimental. Foi no Jaguar que "Rayman", o mascote sem braços e pernas da UbiSoft, teve sua primeira aparição.

    Nintedo e Sega anunciam seus videogames de próxima geração: Project Reality, de 64 bits, e Sega Saturn, respectivamente. Nesse momento, a Sega ainda não havia decidido se o Saturn teria 32 ou 64 bits.

    A Sega, que dominava mais da metade do mercado de videogames nos Estados Unidos, lança "Sonic the Hedgehog 3". A Nintendo não havia colocado no mercado nenhum Mario novo desde o lançamento do primeiro "Sonic". Curiosamente, o excelente "Sonic the Hedgehog CD", lançado para o Sega CD e talvez o único título capaz de salvar o periférico da morte, teve sua música alterada (para pior) e foi pouco promovido nos Estados Unidos.

    No Brasil, Gradiente e Estrela formam a Playtronic, joint venture que representa a Nintendo em território nacional. Todos os hardwares da empresa japonesa passam a ser fabricados em Manaus. A SNK também monta filial no Brasil, a Neo Geo do Brasil.

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    Atari bem que tentou popularizar o nome Jaguar com chaveiro, boné, camiseta, caneca, relógio e toda sorte de merchanding

    A violência de jogos como "Mortal Kombat" e "Night Trap" abalam o Senado americano. Os senadores Joseph Lieberman e Herbert Kohl lançam uma investigação para saber como a violência dos jogos interfere na vida dos usuários. Mas a intenção real é banir os jogos violentos. As empresas de videogame concorrentes usam esta ocasião para se atacarem e criticam os lançamentos de "Night Trap" e "Mortal Kombat". Após a confusão, criam um sistema de censura por faixa etária e lançam jogos ainda mais violentos. Vale lembrar que para a ativar o sangue em "Mortal Kombat" para console era necessário inserir um código. Algo que todos os jogadores faziam questão de ativar.

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    Com "Mortal Kombat", senado norte-americano abre guerra contra a violência nos jogos

    1994

    O lançamento de "Super Metroid", para Super NES, deixa a Nintendo em condições de dar o troco à Sega no mercado de 16 bits.

    Jogos com o chip Super FX, como "Star Fox", são colocados no mercados para competir com os consoles de 32 e 64 bits.

    A Sega lança o 32X, periférico que transforma o Mega Drive em 32 bits por US$ 179,95. Para impedir que Jaguar e 3DO ganhassem espaço, o 32X sai com uma boa leva de jogos como "Virtua Racing", "Star Wars" e "Doom". Mas as licenciadas da Sega não confiaram no novo periférico. Nenhuma delas sabia o que a empresa de Sonic estava planejando para o 32X. Outro empecilho: a Sega não tinha condições de lançar o 32X no Japão.

    Enquanto isso, a Nintendo lança o Super Game Boy por US$ 59,95. Os cartuchos de Game Boy rodavam no novo portátil e ainda ganhavam alguns recursos.

    Quando nada se esperava de novo no Super Nes, a Nintendo surpreende o mercado com o lançamento de "Donkey Kong Country", desenvolvido pela Rare. O jogo foi apresentado numa feira nos Estados Unidos - o público esperava por informações do Project Reality. Mesmo com uma CPU lenta, o Super NES provou que ainda poderia competir com o Jaguar e o 3DO. O jogo foi o mais vendido do ano e a Nintendo encostou na Sega em número de consoles vendidos. Em 11 de novembro, a Sega coloca o Saturn, videogame de 32 bits, no mercado japonês, e com bons jogos. Entre eles estava o sucesso do arcade "Virtua Fighter".

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    Sega 32X foi uma tentativa da Sega de prolongar a vida do Mega Drive (Sega Genesis), mas faltou o suporte das produtoras

    Em 3 de dezembro foi a vez da Sony entrar em ação com o PlayStation. A estréia se deu com ótimas conversões de arcade como "Ridge Racer", bons jogos originais encabeçados por "Battle Arena Toshinden" e alguns títulos medíocres como "Space Griffon".

    A Sega lança mais um Sonic: "Sonic & Knuckles". Apesar do forte marketing, as vendas foram fracas se comparadas com as de títulos anteriores do mascote. Talvez os jogos da série, muito parecidos, tenham saturado o mercado. "Sonic & Knuckles" era um jogo cheio de segredos. O cartucho tinha uma entrada para outro cartucho e podia se conectar com títulos como o primeiro "Sonic"; as fases desse último podiam ser jogadas com Knuckles.

    Apesar do sucesso de jogos como "Donkey Kong Country", as vendas em geral do ano foram baixas.

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    Sony PlayStation chega ao Japão para tirar a supremacia da Nintendo

    1995

    A data de lançamento do Saturn, nos Estados Unidos, é confirmada para o dia 2 de setembro, apelidado de 'Sábado Saturn'. Mas a Sega resolve se antecipar e coloca o console no mercado em maio, por US$ 399. As vendas foram baixas porque a estréia antecipada pegou as softhouses de surpresa, os títulos disponíveis eram poucos. Quem comprou o console, comemorou a chegada de jogos "Virtua Fighter", "Daytona USA" e "Panzer Dragoon". E os problemas continuaram. A pressa em se produzir jogos para o Saturn, fez com os títulos perdessem em qualidade.

    A Sega e a empresa 3DO estavam prontas para anunciar um projeto conjunto de videogame de 64 bits baseado na tecnologia M2. Mas o acordo foi quebrado, embora os boatos tenham continuado por todo o ano.

    O desenvolvimento de jogos para 3DO cai drasticamente em vitude do anúncio antecipado de um 64 bits.

    A Panasonic acaba comprando a tecnologia M2 para uso doméstico por US$ 100 milhões, segundo dados fornecidos pela empresa.

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    Com lançamento antecipado nos Estados Unidos, Sega Saturn chega às prateleiras com poucos jogos

    Enquanto as pessoas querem saber como anda o Project Reality, agora chamado de Ultra 64, a Nintendo lança o Virtual Boy, por US$ 179,95. O portátil de 32 bits com visor mostra imagens 3D. A Nintendo declarava que as vendas do Game Boy iam bem, pois o Virtua, que exibia imagens em vermelho, era muito criticado e vendeu menos que o projetado. Deixou jogos como "Mario Tennis", "VTetris" e "TeleroBoxer".

    O PlayStation é lançado nos Estados Unidos por US$ 299 - US$ 100 menos que o esperado. Uma boa coleção de softwares ajuda o PlayStation a vender bem - o console foi recebido com louvor por mídia e público.

    O Jaguar continua caindo, mesmo com o lançamendo do Jaguar CD, periférico que permite o uso de CDs.

    O lançamento do Nintendo 64, nome definitivo do Ultra 64, é adiado. A desculpa da Nintendo se repetiria no futuro: apoio, por mais alguns meses, aos desenvolvedores de jogos para Super NES.

    A Nintendo revela o aparelho na Shoshinkai, uma feira realizada no Japão, e causa sensação com "Super Mario 64". Rumores indicam que poucos jogos estão sendo preparados para o novo console.

    A Sega percebe que deixou o público confuso com o Saturn e periféricos para o Mega Drive, e cancela o projeto Neptune, um sistema integrado que combina Mega Drive e 32X.

    O ano não termina bem no mundo dos videogames. Muitas empresas japonesas fecham suas filiais nos EUA e algumas softhouses americanas vão à falência. A briga entre Sega e Sony tem vencedor: a Sony.

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    Excêntrico demais, o Virtual Boy, da Nintendo, não pegou

    A Sega termina o ano com três conversões de arcade para o seu videogame Saturn numa tentativa de contra-atacar a popularidade crescente do PlayStation: "Virtua Fighter 2", "Virtua Cop" e "Sega Rally". Por outro lado, o suporte ao Sega CD e ao 32X, acessórios do Mega Drive (Sega Genesis nos Estados Unidos), é abandonado pela empresa.

    1996

    A Estrela deixa a Playtronic e a empresa passa a se chamar Gradiente Entertainment.

    A Sony anuncia a redução do preço do PlayStation para US$ 199; novos produtos também são lançados. A Sega se vê obrigada a fazer o mesmo, mas não tem muitos desenvolvedores trabalhando para os seus consoles. Começam a surgir rumores de que a empresa vai parar de produzir hardwares e viver da conversão de jogos de arcade.

    A Panasonic não faz demonstrações do M2, mas permite que a 3DO faça isso. A 3DO, por sua vez, se nega a falar sobre projetos futuros em nome do velho sigilo industrial.

    A mídia CD parecia ser a única opção para os videogames domésticos e já havia muitas dúvidas sobre a viabilidade dos cartuchos.

    O arcade "Virtua Fighter 3, um show de tecnologia, é lançado pela Sega. Uma versão para Saturn é logo anunciada. No Japão, o jogo teve excelente retorno comercial, mas nos Estados Unidos, onde jogos da Namco como "Soul Edge" e "Tekken" se davam melhor, o sucesso não foi o mesmo.

    A Capcom coloca seu primeiro "Street Fighter" poligonal nas ruas: "Street Fighter EX". Sob a pressão do esperadíssimo "Street Fighter III", a versão "EX" não teve sucesso. Mas se "Street" dava sinais de cansaço, outra lenda da empresa nascia. Em 22 de março de 1996, "Biohazard" foi lançado para PlayStation. A versão americana ganhou nome totalmente diferente e apareceu oito dias depois. "Resident Evil" popularizou o gênero horror de sobrevivência nos videogames e gerou inúmeros clones.

    Em mais um momento de declínio dos arcades, os jogos de simulação de ski, snowboard e jet ski começam a ganhar popularidade.

    O mercado de fliperamas, antes dominado por jogos de tiro e ação à la "Final Fight", estava saturado de jogos de luta. Além disso, a sofisticação dos arcades tornava a diversão cara e afastava o público. A pequena diferença de qualidade entre consoles e arcades é outro fator que leva as máquinas grandes ao declínio.

    A Nintendo comemora um bilhão de cartuchos vendidos pelo mundo, enquanto as lojas jogam fora estoques de cartuchos 16 bits.

    A Sega tem um belo prejuízo, pois alguns jogos não vendidos ficaram mofando em armazéns. E a Acclaim, ex-queridinha de Wall Street, também passa por maus momentos. Tal qual no crash do Atari 2600, em 1984, ninguém queria saber de jogo ruim.

    A Atari e a JST se fundem e a produção do Jaguar é oficialmente interrompida - na verdade, o console e seus periféricos já não vinham sendo fabricados há meses e a empresa vivia de estoques.

    O portátil de 32 bits da Nintendo é descoberto por revistas online. A empresa acaba admitindo a existência do projeto Atlantis, console com chip RISC desenvolvido por empresas japonesas e européias ligadas à Nintendo. Mas o esperado lançamento do Nintendo 64 faz com que todos se esqueçam do Atlantis.

    Nolan Bushnell retorna à cena como presidente da Aristo Games, empresa que produz módulos de internet para bares e fliperamas.

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    "Resident Evil" (PSX) tinha atores reais para as cenas não-interativas, algo que foi extinto nas seqüências e no remake

    Finalmente, em junho, o Nintendo 64 é lançado no Japão. Muitas filas e tumultos eram esperados, mas a melhoria no sistema de distribuição permitiu que as pessoas comprassem o videogame até em lojas de conveniência. Os primeiros lotes do console logo foram vendidos, porém, pouco depois, as vendas caíram devido à falta de novos títulos. Só havia três jogos no mercado: "Super Mario 64", "Pilotwings 64" e "Saikyo Habu Shogi".

    Os rumores se confirmavam: poucos jogos estavam sendo desenvolvidos e os lançamentos custavam a aparecer nas prateleiras.

    Em setembro, o Nintendo 64 chega aos Estados Unidos por US$ 199. Mais de 1,7 milhões de unidades foram vendidas em três meses. Os desenvolvedores, que há pouco tempo se queixavam dos cartuchos, criam novos jogos graças ao bom desempenho do N64.

    Na Shoshinkai, a Nintendo anuncia o 64DD, aparelho de disk drive que permite usar disquetes ao invés de cartuchos, aumentando a capacidade de armazenamento. O Rumble Pak, dispositivo para fazer tremer o controle, também é anunciado.

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    Nintendo 64 é lançado no Japão e, como o Sega Saturn, sofre com a falta de jogos

    a29
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      Começando a Saber
      ID: #446689
      Membro desde
      # Re: A História do Vídeogame
      Resposta de a29.

      tenho a história dos video-games numa revista mais tem coisa q naum tinha lá q tem aki mto legal o tópico

      IMAGEaHR0cDovL2k0NC50aW55cGljLmNvbS8zM20yNnE5LmpwZw==

      Illuminati
      - Illuminati arrow_drop_down
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        GameViciado Junior

        1080p rules!

        ID: #446698
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        # Re: A História do Vídeogame
        Resposta de - Illuminati.

        muito bom! eu sempre gosto de ler essas histórias :biggrin:

        [table][tr][td]IMAGEaHR0cDovL2kzMi50aW55cGljLmNvbS8zNThuenQzLmpwZw==[/td]

        [td]Regras da GameVício

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          GameViciado Extremo

          § Supere-se.

          ID: #446724
          Membro desde
          Masculino, 33 anos, Solteiro
          # Re: A História do Vídeogame
          Resposta de Godoleo.

          não consigo imaginar como seria minha infância sem os videogames, tenho cada história pra contar....

          AlefN7
          AlefN7 arrow_drop_down
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            Mass Effect - The Best Serie of Games of the World

            ID: #447162
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            # Re: A História do Vídeogame
            Resposta de AlefN7.

            Uma criança que cresceu sem video-game tem muito azar.

            matheusmb
            matheusmb arrow_drop_down
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              GameViciado Master

              Voltei

              ID: #447171
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              Masculino, 29 anos
              # Re: A História do Vídeogame
              Resposta de matheusmb.

              Já existe um topico falando a respeito da história do video game, dá proxima vez que for postar uma materia luizcms1981 , verifique se ela já não existe antes, ok?

              Agradeço a compreensão.

              Horgh
              Horgh arrow_drop_down
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                'Pense e aja como caçador, não como caça.'

                ID: #447192
                Membro desde
                Masculino, 33 anos, Solteiro
                # Re: A História do Vídeogame
                Resposta de Horgh.

                Muito boa a reportagem!  :biggrin:

                Ela me lembra o tempo em que eu comprava fichas pra jogar Fliperama! :biggrin:

                IMAGEaHR0cDovL2k1NC50aW55cGljLmNvbS8yZGNoOG9pLnBuZw==

                Anônimo
                Anônimo arrow_drop_down
                  ID: #447199
                  Membro desde
                  # Re: A História do Vídeogame
                  Resposta de Anônimo.

                  [quote author=matheusmb link=topic=49373.msg447171#msg447171 date=1239762253]

                  Já existe um topico falando a respeito da história do video game, dá proxima vez que for postar uma materia luizcms1981 , verifique se ela já não existe antes, ok?

                  Agradeço a compreensão.

                  [/quote]

                  Tudo bem, amigo! Não cheguei reparar não! O engraçado é que o moderador local não citou nada a respeito. Mas se existe, podem trancar o tópico. Achei que não já havia a matéria postada. Valeu, amigo, pela correção... abraços!

                  demolidor326
                  demolidor326 arrow_drop_down
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                    GameViciado Veterano
                    ID: #447209
                    Membro desde
                    Masculino, 27 anos
                    # Re: A História do Vídeogame
                    Resposta de demolidor326.

                    acho que o cara ta falando desse  URLdG9waWNvLS07Oy0taHR0cDovL2ZvcnVtLmdhbWV2aWNpby5jb20uYnIvaW5kZXgucGhwP3RvcGljPTI1MjIzLjA=

                    o assunto é o mesmo mas a matéria é outra ;)

                    ___________________

                    bons tempos de mega drive e dynavision... ^^

                    IMAGEaHR0cDovL2kzNi50aW55cGljLmNvbS8yd2R5MHE5LmpwZw== Regras GV">Regras GV

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                    [/t

                    Godoleo
                    Godoleo arrow_drop_down
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                      GameViciado Extremo

                      § Supere-se.

                      ID: #449198
                      Membro desde
                      Masculino, 33 anos, Solteiro
                      # Re: A História do Vídeogame
                      Resposta de Godoleo.

                      [quote author=luizcms1981 link=topic=49373.msg447199#msg447199 date=1239765123]

                      Tudo bem, amigo! Não cheguei reparar não! O engraçado é que o moderador local não citou nada a respeito.

                      [/quote]

                      ?? para isso que existe o botão reportar ou as mensagens privadas, eu não notei que havia outro tópico, não fico muito fora da descontravício, as vezes no Jogos em Geral, mas foi falha minha mesmo, foi mal.

                      Fechado.

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