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Análise PC ~ Lugaru

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Análise PC ~ Lugaru
Anônimo
Anônimo arrow_drop_down
    ID: #606430
    Membro desde
    # Análise PC ~ Lugaru
    Resposta de Anônimo.

    Bem, este é o meu primeiro Review para o Game Vício... Particularmente eu gosto mais de fazer reviews de jogos antigos, desconhecidos ou jogos de produção independente (Indie Games) e não dos jogos Blockbusters como God of War, Modern Warfare 2 etc...

    Este review é uma variação mais polida e corrigida do review que eu postei no Baixaki (tem umas besteiras que coloquei lá como falando que "este jogo foi feito por um grupo de 5 pessoas" por exemplo). Eu não sei se o material que eu coloquei lá ainda é de minha propriedade ou passa a ser de propriedade do No Zebra, do contrário terei de trabalhar no review inteiro de novo para postar no G.V.

    Sem mais, aqui vai o review.

    Coelhos falantes e que andam sobre duas pernas e lutam com outros coelhos e alguns lobos usando golpes que mais parecem ter saído de um filme de kung fu. Ao ler uma premissa como essa, você com certeza deve pensar que isso seria uma sinópse de algum desenho ou jogo infantil.

    Este tipo de pensamento não se aplica a Lugaru.

    Feito em 2005, Lugaru (fonema da palavra francesa "Loup-Garou" significando simplesmente "lobisomem") é um jogo indie criado unicamente por Dave Rosen, fundador da Wolfire Games, que inicialmente foi feito para MAC ganhando versões para Linux e Windows depois.

    Em Lugaru você entra na pele, ou melhor, pelagem do coelho antropomórfico Turner. Tudo ia bem na vida de Turner e família até que, num fatídico dia, o coelho encontra todos com quem se importava mortos (e possivelmente violentados também). O único sobrevivente fala quem foi o responsável e Turner viaja pela pequena ilha com a missão de matar aqueles que destruiram sua família a qualquer custo enquanto descobre que algo muito mais sério está por trás de um simples saque de bandidos.

    Esteticamente falando o jogo tem gráficos bastantes simples para a época que foi lançado já que não se trata de um jogo feito pelas grandes empresas de jogos e sim por um mero estudante... As texturas são simples assim como as músicas que não são nem um pouco grandiosas que ainda por cima não dão looping de maneira correta; você pode ouvir uma pequena "quebra" nelas. A interface é mais simples ainda. Não há Heads up Display no jogo a não ser pela pontuação que fica no canto esquerdo da tela e o indicador de bonus no centro. Para mostrar sua vitalidade, a medida em que você vai sendo agredido, a tela começa a ficar turva e escura além de simular efeito de tonteira. O criador deste jogo ainda acrescentou alguns detalhes como o sangue de seus inimigos pingando da espada ou faca que está carregando, ou ainda o dente voando deles (ou até mesmo seu dente) caso receba uma forte pancada no rosto.

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    O que realmente faz Lugaru um jogo único é o sistema de combate. Os controles são muito simples mas mesmo assim você tem uma variado arsenal de golpes: Soco, chute giratório, rasteiras, arremesso de faca, voadoras, contra golpes, encontrões, ricochetear na parede com voadora, golpes fatais caso você ataque o inimigo pelas costas sem ser percebido e o meu favorito: usar o próprio corpo dos cadáveres arremessando eles com um potente soco contra seus inimigos. Tudo isso usando o botão do mouse em conjunto do direcional e/ou shift. Além das mãos, Turner pode usar 3 tipos de armas para atacar seus inimigos e um detalhe: caso alguém seje atingido por uma arma branca, é possível que ele morra com o tempo pelo sangramento causado. Você ainda tem a opção de matar seus inimigos pelas costas furtivamente. E em casos como esse, além de você ser silencioso para poder matar um coelho inimigo, você deverá tomar outros cuidados caso tente atacar um lobo tais como limpar sua espada ou faca de qualquer vestígio de sangue e sempre aproximar dos lupinos contra o vento (você deverá observar como os flocos de neve, a fumaça de uma fogueira ou as folhas derrubadas de uma árvore se comportam) para que eles não te farejem.

    Outro fator que aumenta o nível de "replay" do jogo é o modo Challenge em que você deverá derrotar todos os inimigos do mapa em 14 fases. Dependendo de como você completa as fases, você ganha uns méritos (que não influenciam na pontuação final da fase) como derrotar um inimigo de cada vez, não usar armas, matar todos os inimigos sem jamais ser descoberto por eles etc. Pena que o jogo não salva os méritos que você conquistou, apenas a pontuação e o tempo que você demorou para completar a fase. Ou ainda não apresente outros objetivos para completar as fases (algo como em Metal Gear Solid VR Missions).

    Mesmo assim, se isso não é bastante para você, há ainda o editor de fases. Além de criar fases, você poderá ainda fazer suas próprias histórias (como no modo Campaign do jogo) e compartilhar com seus amigos. Embora tal editor não seje o mais amigável de usar.

    Como pontos negativos do jogo, um deles é a sua duração no modo história. O jogo em sí é curto. Na verdade curtíssimo. Não precisa mais que uma hora para vencer o jogo caso não fique morrendo toda hora em uma determinada fase. Além disso, não há muita variação entre as fases. Quase todas se resumem a "mate todos os inimigos para passar para a próxima fase". Não tem nada como "infiltre na base sem ser percebido" ou "assassine o fulano e fuja do local o quanto antes" etc... Porém isso não tira a diversão do mesmo.

    Agora se existe algo que realmente faz falta neste jogo é um modo multiplayer. Certamente seria muito divertido criar uma "batalha real" com vários jogadores trocando sopapos entre si até que reste apenas um.

    Apesar dos gráficos simples demais para a época, história tão profunda quanto um pires de chá e curta duração, Lugaru se destaca graças a sua jogabilidade simples e eficiente. Apesar dos erros e defeitos deste jogo indie (afinal quando este jogo foi feito, Dave ainda cursava o ginásio), a idéia de um game em que você joga com um ser antorpomorfo de um animal conhecido por sua fofura e docilidade cortando gargantas, empalando corpos e até mesmo lutando contra animais que seriam seus predadores naturais saiu tão bem que atualmente ele e mais 11 pessoas estão produzindo a continuação chamada Overgrowth. E você poderá ver no You Tube alguns alguns vídeos da elaboração do jogo assim como demonstrações da Phoenix Engine, que foi criada a partir do zero por Dave.

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    Nota: 8.5

    Observação: Existe um "patch gráfico" chamado Lugaru HD se você não gostou dos gráficos originais do jogo. Caso queira baixar, o link é URLaHR0cDovL3d3dy50aW1zb3JldC5jb20vb3V0L2x1Z2FydS90ZXh0dXJlc2hkLnppcA==

    PRaphael
    P.Raphael arrow_drop_down
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      Associado GameViciado

      Se o passaro não canta, eu o mato

      ID: #608589
      Membro desde
      Masculino, 30 anos, Solteiro
      # Re: Análise PC ~ Lugaru
      Resposta de P.Raphael.

      O jogo em si é feio que doí , mas gostei do jeito que você escreve tem futuro garoto!

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