Eucaliptos
O Carro Parou
Entram no atalho e dirigem quase meia hora, quando o carro para, Carlos decide descer e dar uma olhada no motor, nada de estranho, estava tudo normal ele volta e diz que está tudo certo, tentam fazer funcionar e nada, Carlos pega a lanterna no porta-luvas e desce para dar uma olhada melhor, checa tudo, era mecânico, óleo, gasolina, nada estranho, não sabiam por que não pegava.
Permanecem os dois dentro do carro tentando faze-lo funcionar e esquecem de olhar em volta, quando Luiz olha, solta um grito, não era possível, eucaliptos centenários haviam crescido ao entorno da estrada, uma mata densa e com corredores no meio das árvores, ficam apavorados e decidem se trancar dentro do carro.
Depois de algum tempo sem nada acontecer, as árvores continuavam lá, não havia modo de voltar, eles agora estavam no meio de uma clareira em uma floresta que cresceu em instantes, árvores para todos os lados, Luiz resolve descer do carro, afinal não tinha acontecido nada, quando desce, percebe que uma leve neblina está se formando no chão, tem a altura de seus pés, mas ele ainda os vê, em poucos segundos a neblina fica densa e ele não vê mais os pés.
Carlos grita assustado de dentro do carro, e aponta para trás, quando Luiz olha leva um susto, uma forma espectral rasteja na neblina em sua direção, a neblina sobe e fica mais densa, a forma some na densa neblina, Luiz corre para dentro do carro, entra e tranca as portas.
A Loira
O que está acontecendo ali? Desde quando fantasmas são atingidos por chutes? Nada faz sentido, desde quando arvores enormes crescem em segundos? Os dois amigos estão apavorados e não sabem o que fazer, se ficarem dentro do carro correm o risco de na próxima vez não terem tempo de fechar as portas, ou melhor, de não conseguirem fecha-las. Decidem sair do carro e ver o que encontram na floresta que se ergueu. Má idéia? Talvez sim, talvez não.
Carlos Some
Carlos grita, tudo acontece muito rápido, depois de seu grito a neblina some muito rapidamente, Luiz volta a ver, ele não se distanciou quase nada do carro, porem seu amigo sumiu, olha para todos os lados, não acha seu amigo, grita várias vezes pelo nome de seu amigo, mas ele não está mais ali.
Na mata
Carlos narra a história
Foi acordar algum tempo depois em um local totalmente escuro, ele não via nada, a dor ainda era muito forte, mal conseguia se arrastar, apesar de não ver ele sabia que a loira estava ali com ele, sentia a presença dela, não sabia o porque, mas sentia. Também sente que ela esta se aproximando, se aproxima tanto que se uma quantidade mínima de luz entrasse ali ele poderia vela, mas o local parece ser totalmente isolado da luz, então ele apenas sente ela lhe abraçar, o contato com o sangue é repulsivo, e o abraço não é normal, mais lhe parece uma pessoa desesperada por estar com ele, não um sentimento de afeto, mas uma necessidade de estar ali. Ela o solta e deixa ele sujo de sangue também, exatamente neste momento ele ouve um barulho de porta rangendo.
Na Cabana
Depois de tomar alguma coragem, Luiz segue adiante na casa, vai até o alçapão e abre-o, começa a descer as escadas lentamente, cuidando onde pisa, a luz vai ficando cada vez mais fraca, até ele não poder ver praticamente nada. Ele chama pelo nome de Carlos e escuta um gemido. Alguns segundos depois do gemido várias tochas se acendem, iluminando totalmente o porão. Ele consegue ver Carlos deitado e caido no chão de terra, todo sujo, e mais ninguém ali, coloca-o nas costas e vai subindo as escadas com ele, quando termina de subir, vê a loira vestida e sem ferimentos brigando com uma velha, também vestida e sem ferimentos, ambas portam peixeiras, ele tenta passar despercebido pelas duas e consegue, mas quando estava saindo, vê de canto de olho, a loira consegue enfiar a peixeira na garganta da velha, produzindo um grande sangramento, ainda semi-consciente esta enfia a faca na cabeça da loira, que também cai ferida no chão. Agora ele sabia como os ferimentos tinham se originado, mas porque ele os viu sendo feitos agora, se no primeiro encontro já estavam lá?
Depois de alguns segundos caídas, ambas notam a presença dos amigos e começam a rastejar na direção deles, o sol está nascendo à leste, falta pouco. Luiz começa a correr o mais rápido que pode, em qualquer direção, por surpresa, ele chega no carro, a loira e a velha agora já não rastejam mais, correm atrás deles também, quando ela finalmente vai alcançar Luiz, o sol nasce e os banha com a aconchegante luz do dia, a loira e a velha somem. As arvores começam a diminuir, como se estivessem voltando no tempo. Até parecia que eles haviam escapado da morte.
Ajuda
Tudo novamente?
Explicações
Agora que aceitaram a verdade, estão livres para viverem sua última aventura.
In
fverno em BarilocheO Hotel
Todos os quartos ficam no segundo andar do hotel, no terceiro ficam a lavanderia, o deposito e quartos dos funcionários, as janelas são todas construídas com vidro blindado para resistir as fortes ventanias, o hotel é construído basicamente de pedras e vidros blindados. No primeiro andar fica a sala de jantar, a cozinha o escritório e a recepção, no subsolo fica a garagem.
Este hotel fica em um vale que não recebe muito bem sinais de rádio e televisão, alias estes aparelhos não são presentes no hotel, ele fica comunicado com o mundo externo apenas por uma linha de telefone fixo, que costuma falhar ao enfrentar fortes nevascas. Telefones celulares não conseguem sinal. Em caso de falta de energia o hotel conta com um gerador que permite as luzes funcionarem por certo período de tempo, o gerador fica nos fundos do hotel, na parte externa.
O hotel conta com poucos funcionários no inverno, a família que é dona do hotel trabalha nele, os poucos funcionários que os ajudam vivem no próprio hotel, a família é constituída por João e Júlia Casagrande, que atendem na recepção e também administram o hotel, a filha deles, Juliana Casagrande, que trabalha como camareira no hotel, e sente vergonha de sua profissão, devido a ser um local freqüentado por pessoas influentes e José Casagrande, o filho mais velho, que atende no hotel no turno da noite, durante o dia algumas vezes é acordado para ajudar com bagagens.
As Pessoas
Bruno leva uma vida normal no interior de São Paulo, técnico de informática, não chega a receber muito com seu trabalho, porem o suficiente para uma boa vida, bruno é um perfeccionista em seu trabalho, este fato o deixa muito estressado, para completar ainda brigou com sua mulher e filhas recentemente, foi quando decidiu que precisava tirar férias, a mulher recusou acompanhar Bruno para uma viagem à Bariloche, preferiu levar os filhos para visitar os parentes da Capital, então é sozinho que bruno embarca para Bariloche, com reserva feita no hotel Los Lagos, espera sossego e descanso indo até o hotel em época de baixa temporada, mal sabia o que iria passar.
Adenílson e Cleuza Vieira
Adenílson é o repórter dos famosos, sempre esta publicando em revistas e sites de fofocas, adora xeretar a vida de famosos, quanto mais informações pessoais souber de algum famoso, melhor. Freqüentemente se torna um incomodo na vida de muitos, devido a seu ?status?, ele tenta inserir sua esposa, Cleuza, de toda e qualquer forma na alta sociedade de São Paulo, porém até agora sem sucesso pleno, o casal vende uma riqueza que não possui, Adenílson resolve ir para Bariloche na baixa temporada para economizar despesas, e quem sabe encontrar algum famoso para ser entrevistado no hotel.
Raul e Manoela Silva
Raul é o filho único de um dos maiores bicheiros do Rio de Janeiro, vive em uma situação confortável de mais para procurar emprego, casado com uma belíssima mulher do Rio, Manoela, que esta começando sua carreira de modelo, o pai, satisfeito com o filho vagabundo que tem lhe comprou um diploma de direito, agora só falta falar com as pessoas certas e colocar o filho em um cargo público. Já Manoela, uma belíssima mulher, acredita que se casou com um dos caras mais feios, porem mais ricos, do Rio de Janeiro por amor, mas ela acredita... E é isso que importa.
Decidiram passar a Lua de Mel no hotel em Bariloche, em baixa temporada talvez tenham maior sossego, isto, é o que definitivamente não vão ter.
Paulo Guaria
Paulo é um costureiro de renome nacional, já fez costuras para várias grifes, com sua opção sexual enrustida e suas opiniões diretas e contundentes tornou-se uma figura polêmica. Ficou afastado da mídia, pois conseguia arrumar briga em todos os programas em que comparecia, o tema e estilo do programa poderia ser qualquer um, ele conseguia arrumar briga. Decidiu então repousar neste hotel afastado e fora de temporada para sumir de vez da mídia, e quando voltar, talvez suas opiniões sejam novidades outra vez.
Maria Souza
Secretária de uma grande multinacional em São Paulo capital, apesar de bem sucedida na profissão de secretária, é uma mulher solitária e que deseja uma companhia, no ano passado, passando as férias no mesmo hotel para o qual esta indo, conheceu um jovem rapaz paraguaio, começou um romance com ele, mas depois de um pequeno desentendimento, o rapaz saiu do quarto e nunca mais foi visto. Morrendo de saudades do jovem, mesmo contra a vontade de amigas e parentes, ela resolve voltar para o hotel sozinha, na esperança de rever o amor.
Chegada No Hotel
Aos poucos todos os hospedes vão descendo dos seus carros, alguns vieram de taxi, retiram as malas, eram sete pessoas no total, Júlia pede que a filha acorde José para ajudar com as malas, os turistas se dirigem para a recepção, ao entrarem notam um ambiente antigo, aconchegante, moveis antigos, decoração estilo século XVI, o cheiro doce do alecrim invade suas narinas, recebem as chaves de seus quartos, suas malas são levadas, tudo em perfeita ordem, ou melhor, quase tudo, exceto pelo garotinho de aparência de uns oito anos de idade que Maria nota correndo embaixo da mesa de jantar, correndo, correndo, até que ele para e começa a choramingar, choraminga um pouco e some, fato estranho, um garoto sumir, ela prefere não comentar com os outros hospedes, teria ficado louca?
Os hospedes sobem, cada qual para seu quarto, as instruções do hotel são claras, se quiserem podem dar uma passeada pelos arredores do hotel, porém não é recomendado, já que a noite chega logo e com ela sua escuridão que poderia dificultar a volta para o hotel, todos resolvem ficar em seus quartos aguardando o jantar, segundo a direção o jantar que é preparado por Alex é muito bom. Maria resolve descer até a recepção e perguntar sobre o garotinho, é Júlia quem a atende.
- Vocês por acaso tem criança no hotel? - Perguntou Maria, com um ar tranquilo.
- Não, não temos, já tivemos sim, inclusive temos este que sumiu do hotel há alguns três anos, a mãe nunca mais achou a criança, todo ano ela volta e espalha cartazes de procura-se, como este ? Aponta um cartas logo acima de sua cabeça. Maria se espanta, não era possível, a semelhança era tremenda, não haviam duvidas que eram as mesmas pessoas, mas como o garoto poderia não ter sido visto mais, e ao mesmo tempo, estar correndo embaixo da mesa de jantar do hotel? Como ele poderia manter a mesma aparência durante três anos? Definitivamente aquilo era estranho.
- Algum problema Maria? - Júlia pergunta percebendo o espanto da hospede.
- Não, nada com o que se preocupar, vou indo. Ao falar isto vira as costas e sobe para seus aposentos.
Passadas quase Três horas da chegada dos turistas, o jantar estava pronto, todos os hospedes são convidados a descer, Maria prefere não descer e fica em seu quarto pensando sobre o ocorrido. Já nas mesas de jantar, a comida é servida, temos strogonoff de carne, bifes a milanesa, arroz branco e feijão preto, para beber os hospedes tinham a opção de suco de laranja ou de maracujá. Cada qual faz seu prato e se sentam para comer, um pouco de conversa, as pessoas procuram se conhecer mais umas as outras, o repórter tenta conversar com Paulo, porem este não quer conversa, não ali no hotel, enquanto jantam, uma nevasca começa a cair do lado de fora, o barulho da nevasca faz o barulho da conversa aumentar, depois de todos terem comido, a direção informa que não seria possível sair do hotel durante esta noite devido à nevasca.
Todos sobem para seus quartos e cansados da viagem dormem. Maria demora um pouco mais a dormir porque fica pensando nas possibilidades, os porquês, as formas, tudo sobre o misterioso garoto, até que ela conclui que não adiantaria muito pensar, e dorme.
Madrugada
A figura continua seu trabalho lá embaixo, termina de arrumar as mesas e começa a subir a escada novamente, ao chegar ao corredor dos quartos, da três batidas fortes na porta de três hospedes, Cleuza acorda assustada, bateram na porta de seu quarto, ela corre e abre a porta, porem a única coisa que consegue ver é a porta do quarto de Paulo se fechando. Ela acha melhor ficar quieta e voltar a dormir, tirar satisfações a esta hora da madrugada não seria uma boa coisa.
Adenílson estava em uma clareira, um local muito bonito, uma cachoeira ao fundo, mata de pinheiros ao redor, ainda era dia, o sol estava a pino, a noite cai com velocidade surpreendente, algo rasga a lona da barraca, um grito, Adenílson acorda sobressaltado e com o coração acelerado, não passou de um pesadelo, volta a dormir.
Amanhece
- Algum engraçadinho bateu na porta do meu quarto ontem de madrugada, eu corri e abri a porta, a tempo de ver a porta do seu quarto fechando - Diz Cleusa apontando para Paulo.
- A porta do meu quarto - Não é possível, eu dormi durante toda a noite, acordei na minha cama, hoje pela manhã, tenho a certeza de que não fui eu senhora - Se defende ele, porem pensando nos braços doloridos e nos pés sujos.
- Eu ainda vou descobrir quem foi - Retruca ela.
- Acalmem-se, talvez podemos pensar o porque de "A" - Paulo tenta intervir.
- Não deve ser nada, apenas um engraçadinho - Diz Adenílson
Neste momento, João avista as mesas em "A", e pergunta quem fez aquilo, os hospedes dizem que não sabem, então ele pede ajuda e todos arrumam as mesas, já que o café da manhã estava pronto, todos começaram a comer, apesar da agitação ficaram quietos, preferiram não comentar sobre as batidas nas portas. Paulo nota que todos os funcionários do hotel estavam presentes, menos o cozinheiro Alex, provavelmente ele come depois em sua cozinha. Como sempre, a comida estava deliciosa. Depois de comerem Júlia informou que a neve já chegará a um metro e a nevasca continuava, por isso era impossível sair do hotel, estavam todos isolados lá. Este tipo de nevasca nunca tinha aconteceu antes, a tempestade estava ficando cada vez pior, o telefone já apresentava ruídos ele informau.
Uma manhã presos
O tempo que lhes resta até o almoço é gasto visitando as partes do Hotel, um tour que os donos resolveram criar para entreter os seus hóspedes, visitaram praticamente todos os lugares do Hotel, a lavanderia, a garagem, o depósito, mas estranhamente não chegaram a conhecer a cozinha, a explicação dada por João foi que esta estava uma bagunça, pois Alex estaria preparando o almoço, e ele não gosta que pessoas entrem em sua cozinha enquanto ele trabalha.
Pratos variados no almoço, salada, carne, arroz, hoje tinham refrigerante e não sucos, os pensamentos sobre a noite misteriosa voltavam, até que Adenílson quebra o silêncio e pergunta a João se tinha alguma clareira por ali. João responde que sim, tinha uma clareira com uma cachoeira, ficava no meio de uma mata de pinheiros. No mesmo momento a face de Adenílson fica branca, como se todo o sangue de seu corpo tivesse saído dali.
- O que foi Adenílson, algum problema? - Perguntou João
- ?? que... bem, eu não sei como explicar, mas eu tive um sonho, e agora que você falou dessa clareira, me assustei... - Falou ele com a voz tremula.
- Conte para nós como foi o sonho, estou curioso. - Interveio Paulo, já se lembrando do estado dos pés e da dor muscular.
- Bom, eu sonhei que havia um casal de campistas ali, era dia e o sol estava a pino, só de lembrar já fico arrepiado, mas repentinamente a noite caiu e alguma coisa rasgou a lona e alguém gritou, foi ai que eu acordei.
Era a vez de João ficar sem sangue na face.
- O quê? - Pergunta ele visualmente chocado - Tem certeza que foi isso mesmo? Há algum tempo um casal de campistas foi assassinado nesta clareira, justamente desta maneira, a polícia só encontrou uma barraca rasgada e sangue, nenhum sinal dos corpos e o assassino nunca foi descoberto. - Explicou João com a voz trêmula.
- O que será que está acontecendo aqui? Primeiro este "A", depois isso, estou com medo, muito medo. - Disse Paulo.
- Talvez você possa começar nos explicando porque bateu na porta de meu quarto ontem de madrugada! - Exclamou Cleuza claramente irritada, mas também com medo.
- Eu já disse que não fiz nada! - Retrucou Paulo.
- Será que não poderíamos todos acalmar os ânimos? Minha esposa com certeza lhe desculparia se você me concedesse aquela entrevista. - Disse Adenílson.
- Me desculpar pelo que? Não fiz nada. - Respondeu Paulo.
- Pessoal, vamos todos ficarmos calmos, tenho certeza de que não há problema algum, provavelmente o Adenílson leu sobre o caso em algum jornal e se esqueceu, ao voltar para cá tornou a lembrar isso, num sonho. Não temos com o que nos preocupamos, vamos comer e aproveitar o momento - Disse João, tentando acalmar os seus clientes.
Todos eles então comem e fingem ter esquecido essa discussão - lembrarão do tema mais tarde - depois do almoço a maioria dos hóspedes vai para seus quartos e descansam, outros simplesmente vão para seus quartos por não ter nada para fazer, uma longa e entediante tarde estaria por vir. Talvez não seja tão entediante assim...
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